Bernal vai ao lixão na segunda em busca de solução para trabalhadores
Ideia é cercar um terreno próximo ao local para receber os resíduos que seriam reciclados pelos trabalhadores.
O prefeito Alcides Bernal (PP) disse na manhã deste sábado que na próxima segunda-feira (14) irá até o lixão juntamente com a procuradora da Defensoria Pública em busca de uma saída para resolver a situação dos trabalhadores que fazem a separação de materiais recicláveis. A idéia é utilizar um terreno que fica ao lado do lixão para que receba os resíduos. A informação foi prestada pelo prefeito na Unidade Básica de Saúde Albino Coimbra Filho, bairro Manoel Taveira, após o lançamento de inclusão de plantão de odontologia que faz parte do Mutirão Saúde em ação, lançado na semana passada pelo prefeito.
“Neste terreno, que seria cercado e adequado para receber os resíduos, poderia ser feito o serviço de reciclagem”, disse o prefeito, sem detalhar quando isso será possível. Bernal disse ainda que conversou com o superintendente da Funasa (Fundação Nacional da Saúde), Pedro Teruel, sobre a destinação de cerca de R$ 2,5 milhões que sobraram do convênio de R$ 4 milhões entre a prefeitura e Funasa. A ideia é usar o dinheiro para alterar a estrutura do aterro sanitário, acabando com o passivo do lixo, “trabalho que era da concessionária e que não foi feito”, segundo o prefeito. Ele disse, ainda, que pediu para uma equipe técnica analisar a situação do lixão.
Bernal disse que irá solicitar para a Funasa para que, juntamente com técnicos da prefeitura façam um laudo em relação ao meio ambiente. “Os trabalhadores não irão voltar a trabalhar nesta montanha de lixo”, garantiu o prefeito, que aproveitou para cutucar o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB): “O que estava prometido não foi executado”.
Quanto à decisão judicial tomada ontem, que permite que os trabalhadores voltem ao lixão, Alcides Bernal considerou que foi uma medida acertada, porque a usina de separação ainda não está pronta.”É um problema sério. A impressão é que está se criando outro lixão”, analisou. Ele disse que os trabalhadores serão cadastradas por equipes da Secretaria de Assistência Social e pela Funsat para que recebam uma cesta básica e um salário mínimo até a definição da situação. “É uma medida emergencial”, explicou.
Bernal estava acompanhado dos secretários Ivandro Corrêa Fonseca (Saúde), Semy Ferraz (Infraestrutura, Transporte e Habitação) e pelos vereadores Waldecy Batista Nunes, o Chocolate, e Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza, ambos do PP.