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Capital

Bombeiro prende médico que se recusou a receber paciente em UPA

O episódio aconteceu por volta das 23h30 de ontem (13), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário

Viviane Oliveira | 14/09/2018 07:57
Fachada da Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Universitário (Foto: Rodrigo Kawaminami)
Fachada da Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Universitário (Foto: Rodrigo Kawaminami)

Um médico de 31 anos recebeu voz de prisão do Corpo de Bombeiros após se recusar a receber uma paciente de 34 anos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. O episódio aconteceu por volta das 23h30 de ontem (13).

Conforme boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros foi acionado para transportar uma mulher que estava com a coluna travada em casa até o posto de saúde. Foi feita a regulação na central de vagas e os bombeiros foram orientados pela médica reguladora a levar a paciente até o posto do Universitário com a senha para atendimento número 1.117.

Ao chegar à unidade, os militares foram recebidos pelo médico dizendo que não iria receber ninguém pois o local estava lotado. No entanto, o sargento de 33 anos informou que havia feita a regulação e tinha a senha. O médico, então, foi consultar alguém por telefone e retornou dizendo que era para levar a paciente à UPA das Moreninhas e que o bombeiro seria comunicado pela central de regulação, situação que não ocorreu.

O bombeiro pediu para o profissional avaliar a paciente, mas isso não foi feito, segundo a equipe. O militar, então, alertou o médico que se ele não atendesse a paciente iria preso por omissão de socorro. Mas uma vez, foi negado o atendimento. Foi quando foi dada a voz de prisão.

O médico não quis acompanhar a equipe até a delegacia. Porém, a Polícia Militar foi acionada e levou o profissional para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, onde o caso foi registrado. Após a prisão, a paciente foi recebida pela equipe da unidade da Guaicurus. 

Questionada, a assessoria de imprensa da Sesau (Secretária Municipal de Saúde) informou que após ser comunicada pela Polícia Civil sobre a situação, vai abrir procedimento administrativo para verificar se houve ou não negligência ou omissão de socorro. A ordem é para que todo os pacientes sejam recebidos nas unidades de saúde. 

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