Briga por corrida de táxi pode ter sido causa da morte de jovem de 18 anos
Uma corrida de táxi pode ter sido o motivo da morte do jovem Renner Wilder Lopes de Amorim, de 18 anos, assassinado no último domingo (11), na Vila Palmira, em Campo Grande.
Familiares da vítima disseram que Renner se envolveu em uma discussão, dois dias antes do crime, no Clube Empório Santo Antônio. A briga teria acontecido porque um grupo de rapazes queria embarcar no táxi, primeiro que Renner, que acionou o serviço.
Dejanira de Oliveira Lopes, de 60 anos, tia do jovem disse nessa terça-feira (11) que encontrou com os autores minutos antes do crime. “Eu estava voltando da igreja, vi os três andando na rua. Quando entrei em casa, percebi que eles entraram também. Pensei que fossem amigos do meu sobrinho”, explica a tia.
Segundo Dejanira, Renner estava sentado sozinho na cadeira, comendo um lanche. “Eu ouvi os disparos e achei que os amigos dele estivessem fazendo gracinha. Até gritei. Quando sai pra fora, vi os três correndo e em seguida, percebi que meu sobrinho estava morto”, diz.
Uma prima de Renner, que não quis se identificar, disse hoje ao Campo Grande News que o autor é um jovem conhecido como “Leleco”, que segundo ela, mora na Vila Popular.
O advogado do suspeito ficou de apresentar o cliente na tarde de hoje na delegacia, o que não aconteceu.
“Vamos aguardar a apresentação. De qualquer forma um inquérito foi aberto e nós já começamos a intimar testemunhas”, explicou o delegado Natanael Balduíno, da 7ª delegacia de Polícia.
Segundo o delegado, o autor vai responder por homicídio e a pena pode ser de 12 a 30 anos de prisão. Natanael Balduino disse também que vai investigar se mais pessoas estão envolvidas no crime e quem efetuou os disparos.
A arma do crime também seria entregue pelo advogado nessa terça-feira.
Renner Wilder de Amorim, de 18 anos, foi encontrado morto pela tia, por volta das 21h40, na rua Beirute. Os disparos atingiram a cabeça e o peito da vítima.
No dia do crime, vizinhos contaram que, durante o dia, por várias vezes viram homens em um Gol, rondando a casa. A suspeita é de que o jovem tenha sido morto por vingança. Renner tinha passagens na Polícia por porte ilegal de arma, lesão coporal e porte de drogas. Todas as ocorrências foram registradas quando ele ainda era adolescente.
O jovem morava em um terreno com duas casas, junto com os avós, a mãe e três irmãs. A casa, humilde não tem portão e é de fácil acesso. A tia de Renner disse que ele estava ajudando a construir o muro. "Só não colocaram o portão na sexta-feira porque faltava soldar. Se tivessem colocado, acho que ele não tinha morrido", diz.