Buraco surge até em via revitalizada que ainda não foi inaugurada
Até mesmo a Avenida Júlio de Castilhos, revitalizada e recém-recapeada, não escapou dos buracos, que aparecem dia a dia nas principais vias de Campo Grande. Diante do cenário político, onde houve vários trocas de prefeito, a avenida ainda não foi inaugurada oficialmente e já está acumulando problemas.
Quase chegando ao cruzamento da Júlio de Castilhos com a Avenida Presidente Vargas, é possível encontrar buracos, antes do semáforo. Por lá, os motoristas passam com os carros devagar para evitar que pneus estourem, o que deixa o trânsito mais lento.
O comerciante Adauto dos Santos Silva, 50 anos, que trabalha há 27 na avenida, acredita que os serviços feito na avenida foram mal planejados. “Além de não haver planejamento foi feito com material de baixa qualidade. O movimento já diminuiu no comércio por causa da revitalização, imagina agora com buracos”, comentou.
O aposentado Jocimar Assis, 56, disse que já viu vários motociclistas caírem nos buracos. “Quando chove os buracos ficam cheios de água e o pessoal não consegue enxergar, é aí que acontece os acidentes. Acho que gastaram muito dinheiro para pouca coisa e a população é que sofre”, destacou.
Já o gerente de marketing Alex Silva, 26, mencionou que já teve prejuízos, devido aos buracos pela cidade. “A gente paga nossos impostos e recebemos isso, só problemas. Já tive pneu furado e suspensão estragada, porque o problema não está só aqui na Júlio de Castilhos, mas sim na cidade toda”, apontou.
Outra reclamação dos comerciantes e moradores da região ainda é quanto ao projeto de revitalização da avenida. “Não existe retorno e os motoristas andam mais para chegar ao destino, não existe estacionamento e não existe sinalização adequada, então o risco de acidentes de trânsito é bem grande”, finalizou.
O prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) iniciou o serviço de tapa buracos na última quarta-feira (11). Cinco empresas devem receber R$ 2 milhões por mês e concluir a "Operação Chega de Buracos e Lama" em 90 dias, segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Amilton Cândido. Ainda segundo o secretário serão gastos com os serviços R$ 2 milhões por mês, ou seja, R$ 6 milhões em 90 dias.