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Capital

Burocracia “trava” retorno de 100% dos médicos aos postos de saúde

Michel Faustino | 29/05/2015 19:14
burocracia deve adiar retorno de médicos para próxima semana. (Foto: Marcos Ermínio)
burocracia deve adiar retorno de médicos para próxima semana. (Foto: Marcos Ermínio)

Questão burocrática deve adiar para a próxima semana o retorno de 100% dos médicos, que estavam em greve, às unidades de saúde de Campo Grande. A expectativa era que o retorno acontecesse nesta sexta-feira (29), no entanto, o acordo entre prefeitura e sindicato, que pôs fim a paralisação, não foi formalizado até o momento. Enquanto isso, apenas 30% dos médicos permanecem atendendo nas UPA's (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS's (Centro Regional de Saúde) 24h.

O encaminhamento foi feito na manhã de ontem (28) pelo Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) a PGM (Procuradoria Geral do Município), e ambas as partes deveriam formalizar o acordo através de pedido da ação judicial, que tramita no TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS), o que até agora não foi feito.

Conforme a assessoria de imprensa do Sinmed-MS eles aguardam um posicionamento da prefeitura. Já a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) reconhece à demora, no entanto, sinaliza que os tramites estão sendo “acelerados” para formalizar o acordo e garantir o retorno imediato dos médicos aos seus postos de trabalho.

Novela - Na última quarta-feira, os médicos aprovaram a volta ao trabalho. A proposta de acordo prevê uma data para a concessão de reajuste salarial, principal ponto das reivindicações, que ficou para o mês de agosto, além do retorno das gratificações e o não prejuízo financeiro à categoria. No caso, com a anulação da multa de R$ 30 mil por dia determinada pela Justiça.

A greve dos médicos que atendem na rede municipal de Saúde começou em 6 de maio após corte de gratificações e plantões. Houve acordo para o retorno dos pagamentos e a greve foi interrompida no dia 11.

Contudo, a paralisação foi retomada em 15 de maio e já deixou mais de 25 mil pessoas sem atendimento. Os profissionais priorizam casos de urgência e emergência na rede 24 horas, onde mantêm 30% do efetivo.

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