Greve dos médicos ainda não acabou por causa de atraso em acordo
Enquanto a população sofre sem atendimento, o fim da greve dos médicos, previsto para essa sexta-feira, depende de assinatura de documentos. Conforme a assessoria de imprensa do SindMed (Sindicato dos Médicos), a prefeitura de Campo Grande precisa formalizar a aceitação das propostas para o retorno ao trabalho.
Já a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informa que a assinatura do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) requer aval do MPE (Ministério Público Estadual) e a prefeitura depende da disponibilidade da agenda da promotora Filomena Fluminhan. A reportagem entrou em contato com assessoria de imprensa do MPE, mas a promotora estava em reunião.
Na última quarta-feira, os médicos aprovaram a volta ao trabalho. A proposta de acordo prevê uma data para a concessão de reajuste salarial, principal ponto das reivindicações, que ficou para o mês de agosto, além do retorno das gratificações e o não prejuízo financeiro à categoria. No caso, com a anulação da multa de R$ 30 mil por dia determinada pela Justiça.
A greve dos médicos que atendem na rede municipal de Saúde começou em 6 de maio após corte de gratificações e plantões. Houve acordo para o retorno dos pagamentos e a greve foi interrompida no dia 11. Contudo, a paralisação foi retomada em 15 de maio e já deixou mais de 25 mil pessoas sem atendimento. Os profissionais priorizam casos de urgência e emergência na rede 24 horas, onde mantêm 30% do efetivo.