Cadê a calçada que estava aqui? Moradores se arriscam entre buracos e mato
Raízes expostas e pedaços de concretos são só alguns dos obstáculos para pedestres e, principalmente, cadeirantes na Capital
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Caminhar por Campo Grande se tornou tarefa difícil! O motivo? As calçadas de alguns pontos da cidade. Tem pedestre caindo em buracos, tropeçando em raízes expostas e pedaços de concreto soltos. Tudo piora ainda mais para os cadeirantes que enfrentam infinitas barreiras no ir e vir.
Todos os dias ao sair de casa para vender água e balinhas no semáforo da Avenida Fernando Corrêa da Costa, esquina com a 14 de Julho, o autônomo João Domingos, 40 anos, sua a camisa.
É complicado andar por passeios públicos com mais buracos do que calçada. Para piorar, quando há rampa de acesso, sem um carro estacionado na frente, a maioria está quebrada.
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“É muita dificuldade, não da nem pra falar. Tem que arrumar essas calçadas cheias de buracos. O acesso pra gente é difícil, não tem rampa para as cadeiras de roda, tem que subir pelo meio fio. Me sinto desconfortável, eles tinham que arrumar, os cadeirantes sofrem muito com essa falta de acessibilidade”, comenta o cadeirante João Domingos.
Além de enfrentar os obstáculos, o autônomo precisa torcer para que alguém solidário passe e o ajude a sair da rua, porque além de deterioradas, rebaixamento de calçada ele só encontra em vias centrais.
“A gente tem que ficar dependendo dos outros para subir e descer e não é sempre que as pessoas param para ajudar. Quando ninguém para eu me viro do jeito que dá, mas é com muita dificuldade”, lamenta.
Percorrendo alguns bairros da Capital, é possível perceber que a situação se repete, não só pela rampa, mas pelas péssimas condições das calçadas como um todo.
No bairro Amambai, a funcionária pública Célia Cavalcante Vila Nova, 53 anos, afirma que não é de hoje que as calçadas se encontram em situação precária, de abandono.
“As calçadas são muito feias, não dá nem para andar. Isso aqui está abandonado, os governantes deveriam olhar mais para os bairros, eles investem tanto na região central e os bairros padecem de manutenção. É um monte de calçada suja, com mato, difícil. Eu fui ao supermercado esses dias tropecei e quase caí, foi um tropeção feio”, reclamou Célia.
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Na Avenida Júlio de Castilhos, uma das mais movimentas de Campo Grande, os pedestres muitas vezes preferem andar na rua a encarar as calçadas quebradas ou cheias de sujeira. Apesar de ser uma das principais vias da Capital, também não se vê o piso tátil, fundamental para quem é deficiente visual.
Morador da Vila Romana há cinco meses, o encanador Emerson Matos, 38 anos, conta que já tropeçou em pontos que não tinha como identificar nem onde os buracos estavam, porque o mato tomava conta.
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“Para mim não é tão difícil porque tenho minhas duas pernas, mas e para um deficiente, como que fica a situação para quem tem alguma debilidade”, indaga Emerson Matos.
Ele acredita que se todas as calçadas estivem padronizadas não teriam tantas pessoas andando nas ruas e atrapalhando o trânsito.
“As pessoas trocam a calçada pela rua e eu acredito que é porque a rua está em melhor estado do que as calçadas. Que legal seria se todas as calçadas estivessem bonitas, seria bom até para nós que dirigimos, não atrapalhariam o trânsito e não teriam tantos casos de atropelamentos”, finaliza.
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Por conta do morador - Em nota, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que o responsável pelo imóvel é obrigado a construir calçadas adequadas e cuidar para elas se mantenham em perfeito estado de conservação.
Caso o proprietário seja notificado a regularizar a situação e não cumpre a medida no prazo determinado, será autuado e pagará multa de R$ 24,15 por metro de calçada do imóvel.
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