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Capital

Caps não tem estrutura e convive com falta de profissionais, avalia defensoria

Bruno Chaves | 13/11/2013 17:54

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul constatou diversas irregularidades no Caps-AD (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas) de Campo Grande. Entre elas, falta de estrutura, paredes mofadas e até falta de médicos e assistentes sociais.

A visita no local foi solicitada pelos defensores públicos Guilherme Cambraia de Oliveira e Regina Célia Rodrigues Magro. Eles foram acompanhados da assistente social da Defensoria Pública, Edilce Pahins Duarte.

“Trabalhamos constantemente com casos relacionados à dependência química, como tratamento e internação compulsória, e, por isso, acreditamos ser fundamental saber como estão funcionando as unidades de apoio e atenção em Campo Grande”, explicou Guilherme Cambraia à assessoria.

As instalações do Caps da Rua Joaquim Murtinho foram apresentadas pela diretora da unidade, a psicóloga Gabriela Silveira Ayres.

Ainda de acordo com Guilherme, a estrutura do Caps-AD está muito precária, pois o prédio é impróprio e apresenta deficiências. Entre as principais irregularidades estão: tamanho do prédio; mofo em vários cômodos; espaço reduzido ao lazer; e falta de materiais para oficinas de terapia ocupacional.

Ausência de profissionais – Na avaliação do defensor público, a situação fica mais crítica com a ausência de profissionais.

Durante a visita, foi possível constatar que o funcionamento das atividades está seriamente comprometido, pois há somente um único médico psiquiatra.

“Esse profissional faz atendimento toda quinta-feira, manhã e tarde, e na manhã de sexta-feira. É pouco. É tão crítico, que só há agendamento para consulta em fevereiro de 2014”, informa.

Dessa forma, o tratamento de muitas pessoas fica inviabilizado. “A Defensoria Pública, por exemplo, tem dificuldade em obter laudos médicos, inclusive para o encaminhamento de internação compulsória [...] então atrasa todo o processo”, destaca.

Os defensores públicos também registraram a ausência de um assistente social na unidade. A Defensoria apurou que o assistente que atendia faleceu no início do ano e até hoje outro profissional não foi contratado.

O Caps-AD informou que existe a possibilidade de a unidade funcionar em outro prédio ainda este ano. A Defensoria Pública do Estado informou a prefeitura sobre as condições do local e aguarda esclarecimentos sobre as irregularidades registradas.

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