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Capital

Caso de oficial que matou marido militar está parado desde março

Até esta segunda-feira (14), Justiça não fez nenhuma audiência sobre o caso, ocorrido há um ano; Itamara responde pelo assassinato em liberdade

Luana Rodrigues | 14/08/2017 15:32
A tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro e o marido, Valdeni Lopes. (Foto: Reprodução? Facebook)
A tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro e o marido, Valdeni Lopes. (Foto: Reprodução? Facebook)

Um ano e 32 dias após o crime, a tenente-coronel da Polícia Militar Itamara Romeiro Nogueira, 40 anos, que confessou ter matado a tiros o marido, Valdeni Lopes Nogueira, 45 anos, que era major da PM, ainda não foi a júri. Até esta segunda-feira (14), nenhuma audiência sobre o caso foi feita, e a última manifestação no processo foi em 13 de março deste ano.

“O que ocorreu foi um crime bárbaro, que deveria ser solucionado o mais rápido possível, para aliviar as dores dos familiares, mas até agora nada. Por outro lado a gente reconhece que a Justiça está abarrotada, mas cada caso é um caso e acho que este deveria estar sendo analisado com muito carinho para que possa sair de fato a decisão”, pontuou o advogado que é assistente da acusação no caso, Edson José da Silva.

Desde o dia 13 de março não há nenhuma manifestação no processo referente ao caso. A primeira audiência sobre ao assassinato está marcada para dia 3 de outubro deste ano. De acordo informações do processo, às 13h30, o juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, juntamente com o promotor da 20ª promotoria de Justiça, Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, irão ouvir dez testemunhas de acusação.

Já no dia 21 de novembro de 2017, também às 13h30, a Justiça e o Ministério Público irão colher depoimentos de oito testemunhas de defesa da ré.

Ainda conforme o processo, Itamara é defendida pelos advogados José Roberto Rodrigues da Rosa e Marcus Vinícius Machado Abreu da Silva. O Campo Grande News tentou contato com um dos advogados, mas eles não foram localizados até o fechamento desta reportagem.

Já a acusação conta com dois assistentes, os advogados Aparecido Tinti Rodrigues de Farias e Edson José dos Silva.

Itamara responde pelo assassinato do marido em liberdade, desde o dia 19 de julho. A policial ocupa a função de ajudante de ordem, no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Contrapeso – Diferente deste caso, outro assassinato de repercussão, que ocorreu na semana seguinte a morte do major Valdeni Lopes Nogueira, pode ter um desfecho ainda nesta semana.

Está marcado para a próxima sexta-feira (18), o julgamento de Thamara Arguelho de Assis, 22 anos, que também confessou o próprio crime, o assassinato da adolescente Victoria Correia Mendonça, 18 anos, no dia 19 de julho do ano passado, quatro dias após o crime confessado por Itamara.

Nesta segunda-feira (14), o defensor Rodrigo Antonio Stochiero Silva, protocolou documento solicitando uma nova data para o júri, pois não poderá comparecer, devido a uma reunião do Conselho Superior da Defensoria Pública. Porém, a Justiça ainda não se manifestou quanto ao pedido.

Caso - Na tarde de 12 de julho, o casal estava discutindo e por volta das 16h30 a mulher teria efetuado ao menos dois disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara teria se trancado na residência e se negado a entregar a arma, mas confessou o crime.

Itamara afirmou a Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.

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