Tenente-coronel que matou marido está de férias e com medida protetiva
Cumprindo medida alternativa, em liberdade provisória, a tenente-coronel da PM (Polícia Militar), Itamara Romeiro Nogueira, 40, acusada de ter matado a tiros o marido, major Valdeni Romeiro Nogueira, 47, está de férias e com medida protetiva, segundo o advogado de defesa, José Roberto Rosa.
Com isso, ela precisa comparecer trimestralmente em Juízo e não se ausentar por mais de oito dias sem autorização. A decisão da Justiça que estabelece a medida alternativa à prisão preventiva saiu do dia 19 de julho, terça-feira, quando ela foi solta.
O sigilo sobre os locais em que ela irá passar a trabalhar e morar foi solicitado porque, segundo o advogado, Itamara estaria sofrendo ameaça de vingança desde o velório do marido. José Rosa diz que também sugeriu que ela faça acompanhamento psicológico constante, por estar muito abalada.
Casamento de fachada – Segundo o advogado, a tentente-coronel não acompanhou notícias e garante que não procede informação de que teria um “casamento de fachada”. Prova disso, seria que estavam decorando um apartamento no qual iriam morar juntos. O casal chegou a se separar por dois meses, mas reatou.
Também nega que tinha ciúmes de Valdeni por conta da carreira de músico, argumentando, inclusive, que o ajudou financeiramente na gravação do último CD. Em depoimento de alguns oficiais que trabalhavam com Itamara, ainda de acordo com o advogado, os colegas confirmam que desde 2009 ela vinha sofrendo agressões e inclusive a viram chegando com olho roxo no trabalho.
Outra informação negada foi de que ela teria ameaçado suposta amante, com uma arma, após descobrir traição. Sobre o perfil do policial na rede social Facebook constar como solteiro, a tentente-coronel teria concordado para favorecer a carreira na música.
Caso - Segundo vizinhos, na tarde de terça-feira (12), o casal estava discutindo e por volta das 16h30 a mulher teria efetuado ao menos dois disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara teria se trancado na residência e se negado a entregar a arma, mas confessou o crime.
Valdeni, que também era cantor sertanejo, foi resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros e encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.