Polícia vai ouvir familiares para concluir inquérito de PM que matou marido
Para concluir inquérito do caso da tenente-coronel da PM (Polícia Militar), Itamara Romeiro Nogueira, 40, suspeita de ter matado a tiros o marido, major Valdeni Romeiro Nogueira, 47, o delegado Claudio Zotto, da 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, quer ouvir pessoas ligadas à família do casal para fechar o caso. Familiares da vítima, que moram em Amambai (cidade distante 360 km da Capital), prestarão depoimento por meio de carta precatória (serão ouvidos na comarca de lá).
Zotto disse ao Campo Grade News nesta tarde que o caso é delicado, até porque não havia testemunha presente no momento do crime, cometido entre quadro paredes, segundo ele. O delegado relatou estar remontando toda a vida do casal para poder concluir o inquérito.
Claudio Zotto quer escutar todas as pessoas que sabiam da vida do casal, que acompanhavam sua rotina. “É preciso ouvir as pessoas que tinham contato muito próximo com o casal”, explicou o delegado.
Corpo de delito – Questionado sobre o motivo pelo qual Itamara não foi submetida a exame de corpo de delito, o delegado da 7ª DP ressaltou que quando foi presa a tenente-coronel alego u ter sido agredida. As informações foram confirmadas.
No caso dela, que é militar e foi para o Presídio Militar, não precisou ser submetida a exame de corpo de delito. O procedimento, de acordo com Zotto, só se aplica a civis.
Zotto ainda informou que quando um civil é preso e vai para o presídio, deve passar por exame de corpo de delito até para que a polícia se proteja diante de acusações de que foi espancado na delegacia. “No caso dela foi diferente”, esclareceu o delegado.
Itamara é acusada de matar a tiros o marido, major Valdeni, no fim da tarde do dia 12 de julho, na casa deles, na avenida Brasil Central, bairro Santo Antônio, região oeste de Campo Grande.