Casos de dengue caíram 80% nos seis primeiros meses do ano em Campo Grande
"Nosso maior medo era que, junto com a covid-19, tivéssemos que enfrentar epidemia de dengue", diz José Mauro
Os seis primeiros meses de 2021 trouxeram redução de 80% nas notificações de dengue em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto 2020 foram registrados 17.531 casos de janeiro a junho, este ano foram apenas 3.505 notificações.
O motivo é de comemoração, ainda mais porque Campo Grande já passou por duas epidemias de dengue. Em junho deste ano, a Capital teve o menor número de casos dos últimos três anos. O maior medo da Prefeitura era de além de lidar com a covid-19 ainda enfrentar muitas notificações da doença.
"Sempre observamos um ciclo onde havia um ano com uma grande epidemia, seguida de um ou dois anos com um registro significativamente menor de notificações, mas no ano passado ainda foram muitos casos novamente. Nosso maior medo era que, junto com a pandemia da Covid-19, tivéssemos que enfrentar um terceiro ano de epidemia de dengue", comenta o titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho.
Ações de combate - Nesta semana a Prefeitura de Campo Grande lançou mais uma leva de Wolbitos, mosquito capaz de evitar a dengue, zika e chikungunya. Na segunda-feira, foram soltos 3,2 milhões deles em dez bairros da Capital.
Ainda em 2020, em dezembro, 18 milhões já tinham sido soltos. A Prefeitura atribui aos mosquitos, junto das demais ações de combate, a redução do número de casos. Em 2019, por exemplo, Campo Grande chegou a notificar 9 mil casos de dengue por mês.
Além do trabalho de rotina, onde há a visitação domiciliar dos agentes de endemias, diariamente os bairros com maior incidência de notificações recebem a visita do fumacê.