Casos de microcefalia investigados em MS aumentam após duas semanas
Mato Grosso do Sul tem 18 notificações de microcefalia investigados, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em um novo boletim divulgado ontem (5), o número de casos que era estável - com 17 notificações - há 15 dias, aumentou. Do total de registros dois foram confirmados, cinco continuam sob investigação e outros 11 foram descartados, ou seja.
Os dois bebês que tiveram microcefalia confirmada apresentaram alterações típicas indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, e outros sinais clínicos observados por método de imagem ou identificação do vírus zika em testes laboratoriais. Em todo o País foram confirmados 82 casos de zika, por critério laboratorial específico, ou seja, exame de sangue.
O Ministério informou que os 11 casos foram descartados por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas. Nos boletins divulgados nos dias 22 e 29 de março, Mato Grosso do Sul manteve o número de notificações em 17, com dois casos confirmados e 11 descartados.
País - Em todo o Brasil, 4.046 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação. Desde o início das investigações, em outubro de 2015, até 2 de abril – foram 6.906 notificações em 1.307 municípios em todos os estados.
Dos casos já concluídos, 1.814 já foram descartados e 1.046 foram confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Destes, 170 já tiveram confirmação laboratorial para o vírus zika. Nestes casos, foi realizado exame laboratorial específico para o vírus zika. No entanto, o Ministério da Saúde considera que houve infecção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.
Até o dia 2 de abril, foram registrados 227 óbitos (fetal ou neonatal) suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 51 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 148 continuam em investigação e 28 foram descartados.
O Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central, informados pelos estados, e a possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa, diversos agentes infecciosos além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
O Ministério da Saúde orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti - transmissor da dengue, zika e chikungunya -, com a eliminação de criadouros, manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos.