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Capital

Chuva abre buracos recém-tapados e condutores voltam a ter "dias de azar"

Alan Diógenes | 09/12/2015 10:33
Na Rua Joaquim Murtinho, buracos recém-tapados já estão abertos novamente. (Foto: Marcos Ermínio)
Na Rua Joaquim Murtinho, buracos recém-tapados já estão abertos novamente. (Foto: Marcos Ermínio)
No Bairro Carandá Bosque água da chuva levou asfalto. (Foto: Marcos Ermínio)
No Bairro Carandá Bosque água da chuva levou asfalto. (Foto: Marcos Ermínio)
Vilma acredita que material utilizado em tapa-buraco é de baixa qualidade. (Foto: Marcos Ermínio)
Vilma acredita que material utilizado em tapa-buraco é de baixa qualidade. (Foto: Marcos Ermínio)

“Como sou azarado”! Muitos pensam assim quando caem em um dos milhares de buracos existentes nas vias da Capital. Mas, o que acontece é que muitas vezes o condutor passa por um local onde a operação tapa-buracos já passou, mas depois ao retornar na mesma região aquele buraco antes tampado está aberto novamente por conta da água da chuva.

Buracos recém tapados, por exemplo, na Rua Joaquim Murtinho, em frente ao supermercado Extra, já se abriram com a força de enxurradas que atingiram a cidade neste último final de semana. Algumas ruas do Bairro Carandá Bosque, como a Rua Pedro Martins, também está cheia de buracos. Em alguns pontos desta mesma via a enxurrada levou parte do asfalto.

A cozinheira Vilma Loubet, 50 anos, que trabalha na região, se assustou quando chegou ao serviço depois deste final de semana de muita chuva e encontrou um buraco de cerca de cinco metros. Para sinalizar os buracos, os moradores colocaram pedaços de madeira alertando os condutores sobre os obstáculos.

“Eles arrumam mas não passa nem um mês os buracos voltam a se abrir. Eu acredito que estão utilizando nesta operação tapa-buracos materiais de baixa qualidade, não é possível. Todo mundo anda reclamando. Minha amiga mesmo teve a suspensão do carro quebrada duas vezes por causa de buraco. Sem falar no desconforto que sinto quando veio trabalhar de ônibus, é um sacolejo só”, explicou Vilma.

Para a auxiliar administrativa Karoline Bolina, 19 anos, só mesmo recapeando que a prefeitura irá conseguir recuperar certas vias da Capital. “Eles tem que investir pesado para resolver o problema, porque desde jeito não dá. Dinheiro eu sei que tem, o que falta mesmo é comprometimento. Esse troca-troca de prefeito que piorou tudo”, finalizou.

As sete empresas responsáveis pela operação tapa-buracos alegam não receber da prefeitura desde desde o mês de maio. A dívida chega a R$ 12 milhões e até agora não foram pagas nem as faturas referentes aos meses de outubro e novembro, mesmo tendo sido autorizadas pelo prefeito Alcides Bernal (PP).

O risco de suspensão do serviço acontece justamente logo após as chuvas do último final de semana que provocaram muitos estragos no pavimento da cidade. Em reunião com o prefeito, as empresas mostraram que não terão como manter o serviço caso não recebam. Elas estão arcando com os custos da matéria-prima e o pagamento dos 400 funcionários mobilizados para atuar nas 14 equipes, que estão trabalhando desde o dia 17 outubro.

Ainda durante a reunião, Bernal prometeu consultar o setor de financeiro e jurídico para avaliar a possibilidade de remanejamento de algum recurso carimbado (do PAC, (Programa de Aceleração do Crescimento, da iluminação pública) para pagar pelo menos parte da dívida com as empresas do tapa-buraco. A prefeitura não teria recursos da sua receita própria para fazer qualquer pagamento.

Prefeito Alcides Bernal (PP) vai estudar possível remanejamento de recursos para pagar empresas que fazem o serviço de tapa-buraco. (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito Alcides Bernal (PP) vai estudar possível remanejamento de recursos para pagar empresas que fazem o serviço de tapa-buraco. (Foto: Marcos Ermínio)
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