Chuva alaga sete casas, água sobe 40 cm e moradores contabilizam perdas
Geladeira, sofá, cama, guarda-roupa. A lista é dos prejuízo que moradores tiveram com o alagamento de sete casas na tarde desta sexta-feira (dia 30), na Rua Martinez, em Campo Grande.
“Já não tinha nada e acabou com tudo”, lamenta o pedreiro João Aparecido Fonseca, 50 anos, morador no Jardim das Macaúbas, na saída para São Paulo.
A dona de casa Débora dos Santos, que mora com quatro crianças, relata que a chuva foi intensa por meia hora. “A gente procura a prefeitura, mas eles falam que não tem dinheiro”, diz. Neste mês, foi a segunda vez que a casa de Débora foi alagada.
Clodoaldo da Silva, 30 anos, conta que a enxurrada vem pela avenida dos Cafezais. Na tarde de hoje, a água entrou no imóvel e alcançou 40 centímetros. “Uns dias antes das eleições, fizeram um trabalho de maquiagem. Limparam e falaram que nunca mais teria alagamento”, diz. Ele afirma que a região já deveria ter sido asfaltada com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A casa da cuidadora Rita dos Santos da Silva, 37 anos, contabiliza quatro alagamentos, sendo dois em 2016. “A água subiu um palmo. Entrou em todos os cômodos da casa. Estragou sofá, rack. Não deu tempo de erguer os móveis”, afirma Rita. Ela mora com cinco filhos e uma neta.
Moradora na rua Martinez há sete anos, a vendedora Lisandra Ameliano Ribeiro, 30 anos, diz que o alagamento de hoje foi o pior dos cinco que já enfrentou. “Foi a pior de todas. Perdi geladeira, fogão, armário, guarda-roupa do meu filho”, conta. Cansados da situação, os moradores afirmam que pretendem entrar na Justiça e cobrar indenização da prefeitura.
O escoamento da água é feito por três bombeiros, com auxílio de uma bomba. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a cidade registrou 23.2 milímetros de chuva em uma hora. O vento chegou a 34km/h.