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Capital

Com 38 dias, gêmeas siamesas resistem e são "exceção" na medicina

Filipe Prado | 08/01/2014 19:48

O estado das gêmeas siamesas, que nasceram em Campo Grande, ainda é grave. No entanto, segundo o cirurgião pediátrico e responsável pelas meninas, Zacharias Calil, elas já completaram 38 dias de vida, o que é raro nestes casos, já que a maioria só sobrevive por 48 horas.

Elas ainda estão internadas no Hospital Maternal Infantil em Goiânia (GO) e continuam respirando e se alimentando através de aparelhos. Segundo o médico, as meninas têm a saúde instável. “Tem momentos que elas estão estáveis, outras que tem pioras bruscas na saúde, que parecem que vão morrer, mas depois se recuperam”, comenta.

Ele explica que o caso das gêmeas é surpreendente, pois 90% dos gêmeos siameses morrem depois de 48 horas de vida. “Os 75% que sobrevivem a este período, tem uma vida de apenas 15 dias”, explica Zacharias, sobre a gravidade da patologia.

O médico continua a afirmar que será impossível a cirurgia de separação. “Se elas conseguirem sobreviver, ficarão unidas para sempre”. Ele conta que elas estão tomando medicamentos, diretamente na veia, para fortalecer o coração, para que continue batendo. Elas possuem apenas um coração.

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