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Capital

Com barra de ferro nas mãos, pastor tenta impedir, mas igreja acaba lacrada

“Se por lacre eu tiro. Se fechar o portão eu tiro os vidros”, afirmava líder religioso durante nova fiscalização, nesta sexta

Liniker Ribeiro | 31/07/2020 17:16

Após fiéis desrespeitarem o toque de recolher, assim como a orientação para uso de máscaras e distanciamento social, a sede da igreja evangélica “Pai, Filho e Espírito Santo”, no Jardim Cento-Oeste, foi lacrada na tarde desta sexta-feira (31) por equipes da Vigilância Sanitária. Os fiscais, acompanhados por guardas civis metropolitanos, foram recebidos pelo pastor responsável com barra de ferro em mãos.

“Se por lacre eu tiro. Se fechar o portão eu tiro os vidros”, ameaça o fundador da igreja, pastor Paulo Ferreira, após chamar o ferro que segura de “cajado”.

Fiscal da Vigilância Sanitária lacrando portas de igreja, na tarde de hoje(Foto: Direto das Ruas)
Fiscal da Vigilância Sanitária lacrando portas de igreja, na tarde de hoje(Foto: Direto das Ruas)

O local, onde também fica a residência do pastor, foi lacrado por três dias. Mas, antes disso, o morador ainda tentou impedir a situação. “Vai permanecer aberta, não vou obedecer o decreto do prefeito, vou obedecer o decreto de Deus”, diz o líder religioso, em trecho de vídeo enviado ao Campo Grande News.

Em outro vídeo, registrado na noite de ontem, grupo de pelo menos 60 pessoas aparece durante culto realizado na igreja, localizada na Rua Marajoara.

Equipes da Semadur, vigilância Sanitária, e Guarda Municipal estiveram no local. A cena foi gravada por volta das 21h40, ou seja, quase duas horas depois do início do toque de recolher, em campo grande, quando a orientação é que seja evitado aglomeração e, principalmente, solicitado para que as pessoas fiquem em casa.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado, as equipes solicitaram ao responsável pela igreja que o culto fosse finalizado e para que as pessoas dispersassem e fossem para casa, mas ele teria se negado.

Depois de uma noite agitada, o líder da igreja conversou com a reportagem do Campo Grande News na manhã de hoje. Ele conta que nunca seguiu o toque de recolher, que é adotado, com algumas variantes, desde março em Campo Grande e avisa que nem vai seguir. “Não vou fechar, estou seguindo a ordem de Deus. A Justiça da Terra é para prender bandido, traficante. Não para fechar igreja”, diz.



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