Com caminhão, 35 funcionários fazem mutirão de limpeza em ONG denunciada

A sede do Instituto Guarda Animal recebeu mutirão de limpeza nesta manhã (8), que já encheu quase meia carga de um caminhão com lixo e fezes dos animais abrigados. O local fica no Bairro Chácara dos Poderes, em Campo Grande, e é mantido por protetoras de animais que respondem à Justiça por maus-tratos.

Fizeram o trabalho 35 funcionários da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos). As responsáveis pela ONG (Organização Não Governamental), Nathalia de Souza Brizueña e Paola de Souza Brizueña, acompanharam o mutirão, mas não quiseram falar com a imprensa. Afirmaram estar muito abaladas para se manifestarem.

O mutirão foi proposto pela Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista). Participaram também representantes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

"O que os funcionários da limpeza mais estão encontrando são fezes e restos de podas de árvores", segundo o chefe de serviço do controle das leishmanioses e doença de chagas da Sesau, Mário Márcio Oliva. Os cães e gatos ficaram soltos no local enquanto a equipe trabalhava.

A sede é uma chácara com piscina. A água acumulada nela tinha larvas, que foram coletadas para análise. Elas podem ser do mosquito Aedes aegypti. O resultado sairá mais tarde, segundo Mário Márcio.

As proprietárias estão aproveitando para descartar outras coisas, como ventilador e cadeiras quebradas, além de uma escada velha.

Ainda hoje, técnicos do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e da Subea (Subsecretaria Municipal de Bem-estar Animal) irão até o local para vacinar contra a raiva e coletar sangue dos cães e cachorros abrigados. Testes serão feitos para detectar leishmaniose, principalmente. Se houver chuva forte, a visita terá que ser adiada, já que o local é aberto.

O caso - Denúncia anônima por omissão de cautela, poluição sonora e perturbação do trabalho alheio levou a Decat até o Instituto Guarda Animal na semana passada.

Policiais encontraram 212 cães e 12 gatos em condições insalubres. Houve prisão em flagrante das responsáveis pela ONG.

No mesmo dia, foram constatados acúmulo de dejetos, moscas e larvas em uma piscina sem tratamento, parasitas presentes nos animais, vestígios de queima de lixo no quintal, descarte irregular de lixo e remédios, além de omissão de cautela na guarda de animais ferozes. As informações foram registradas em boletim de ocorrência.

Ainda de acordo com o registro, os bichos de estimação eram mantidos em um único cômodo que tinha muita sujeira acumulada.

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