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Capital

Com caos na rede pública, demanda por exame cresce 200% na particular

Exame de sangue custa até R$ 59,00 na rede particular; laboratórios também fazem tabela social para pedidos via SUS

Yarima Mecchi | 29/11/2016 14:31
Tubetes também estão em falta na UPA Moreninhas. (Foto: Marcos Ermínio)
Tubetes também estão em falta na UPA Moreninhas. (Foto: Marcos Ermínio)

Com a falta de material para a coleta de sangue na rede municipal de saúde, os reflexos recaem sobre laboratórios particulares de Campo Grande, com aumento de até 200% na demanda. Em laboratórios privados, os pacientes são obrigados a gastar entre R$ 45,00 e R$ 59,00 pelo hemograma, sendo possível em alguns casos conseguir via tabela social do SUS (Sistema Único de Saúde), variando entre R$ 20,00 e R$28,00.

Funcionários das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) relatam que desde outubro os tubetes, material necessário para a coleta de sangue, estão em falta. A supervisora técnica do laboratório MultiLab, Simá Dias Portela, de 50 anos, afirma que a demanda aumentou nas oitos unidades espalhadas pela cidade, mas em uma especifica a procura está ainda maior, chegando a 200%.

"A unidade da Moreninha teve um grande aumento, fica do lado da UPA e os pacientes vão direto lá. Antes eram entre 3 e 4 coletas por dia. Agora chega a 12", relatou. Ela conta que a unidade foi inaugurada há três meses e os pacientes que levam o pedido de exame do SUS entram na tabela social, além de alguns casos específicos.

Material está em falta na rede municipal de saúde pública. (Foto: Marina Pacheco)
Material está em falta na rede municipal de saúde pública. (Foto: Marina Pacheco)

O laboratório já pensa em aumentar o número de funcionários no local. "Vamos reforçar a quantidade da equipe para fazer coleta, se continuar sem na prefeitura vamos ter que reforçar".

No início de novembro, o Campo Grande News noticiou que o Labcen (Laboratório Central do Município) não estava fazendo exames como hemograma – de sangue – por falta de reagentes e tubetes, potes para coleta. De acordo com funcionários que trabalham no local, apenas exame de urina estava sendo coletado e esta realidade continua.

A bioclínica Camila Move, responsável pelo laboratório Labclin, disse que em um dia a demanda aumentou de 15 exames para 33. No local, também há taxa social, em que o exame sai mais barato.

"Isso é um dia comum que antes eram 15 exames e registramos 33. A tabela social é para as pessoas que vem com o pedido do posto".

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