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Capital

Com comércio fechado, concurseiros recorrem aos aplicativos para almoçar

“Enem dos concursos” é realizado neste domingo e dividido em duas etapas entre a manhã e tarde

Por Antonio Bispo | 18/08/2024 12:01
Candidatos sentados em frente à escola estadual Dolor Ferreira de Andrade, neste domingo (Foto: Marcos Maluf)
Candidatos sentados em frente à escola estadual Dolor Ferreira de Andrade, neste domingo (Foto: Marcos Maluf)

Dezenas de candidatos que realizam o CNU (Concurso Nacional Unificado) neste domingo (18) estão enfrentando desafios para seguir o cronograma que foi dividido em duas etapas: manhã e tarde. Para quem realiza a prova na Escola Dolor Ferreira de Andrade, localizada na Avenida Orlando Darós, no Residencial Maria Aparecida Pedrossian, o comércio fechado e falta de ambulante faz os candidatos recorrerem aos aplicativos de entrega para conseguir almoçar.

É o caso do servidor público Cláudio Pereira Ramos, de 33 anos, e morador do município de Coxim, distante 253 quilômetros de Campo Grande. Ao sair da primeira etapa da prova, não encontrou nenhum lugar aberto para conseguir comer.

Como a próxima fase inicia às 13h, solicitou uma marmitex através de um aplicativo de entrega de comidas, e precisará comer na calçada mesmo, até dar a hora de entrar na escola novamente.

Candidato Cláudio Pereira pediu comida por aplicativo (Foto: Marcos Maluf)
Candidato Cláudio Pereira pediu comida por aplicativo (Foto: Marcos Maluf)

“Faz parte do processo. Venho me preparando há muito tempo para essa prova, então não vai ser isso que vai me atrapalhar. Cheguei hoje em Campo Grande e volto para minha cidade assim que acabar tudo aqui”, disse.

Assim como Cláudio, Aline Cristina da Silva, de 37 anos, e moradora do bairro Los Angeles, se deparou com as portas dos comércios todas fechadas.

Para driblar a situação, vai dividir uma corrida por aplicativo com Lucas Alcaraz, de 30 anos, e morador de Rio Verde.

“No meu aplicativo a corrida estava dando R$ 22, mas no dele deu R$ 8, então vamos dividir. Vamos comer em um restaurante aqui no bairro mesmo, mas fica mais longe, então tem que ir de carro. Eu esperava comer por aqui, mas não imaginava que fosse estar tudo fechado”, disse Aline, que presta concurso para área administrativa.

Candidata Aline Cristina aguardava carro de aplicativo chegar para almoçar (Foto: Marcos Maluf)
Candidata Aline Cristina aguardava carro de aplicativo chegar para almoçar (Foto: Marcos Maluf)

A reportagem encontrou diversas pessoas sentadas à calçada da escola, aguardando o segundo turno de provas. Apenas uma farmácia estava com as portas abertas na manhã deste domingo na região.

Prova - Pela manhã, todos os candidatos realizaram uma prova discursiva e objetiva comum a todos os blocos. À tarde, será a vez das questões específicas de cada área, com ênfase nas áreas de concentração de nível superior.  As provas para o nível médio não incluem questões dissertativas, apenas a redação no período matutino.

Em Mato Grosso do Sul foram 33.909 inscritos para as provas em Campo Grande (21.189), Três Lagoas (2.502), Dourados (7.647) e Corumbá (2.571). No Brasil 2.114.128 candidatos disputam as 6.640 vagas com salário de até R$ 22 mil.

Cargos - Os cargos são espalhados por todo Brasil, mas 9 postos têm contratação em Mato Grosso do Sul. Aqui, a oferta maior é para indigenista, ou funções relacionadas ao indigenismo, na Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), com 323.250 inscrições no país.

Conforme o ministério, em MS haverá vagas específicas, como no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), nas funções de analista administrativo, analista em reforma e desenvolvimento agrário e engenheiro agrônomo.

Também há vagas para Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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