Com estoque “encalhado”, farmácias vivem baixa procura por teste de covid
Compra vem caindo nos últimos seis meses na Capital e produtos podem ser descartados
Com estoque encalhado nas prateleiras, farmácias da Capital vivem baixa procura por autotestes da covid-19. O recurso, que identifica a presença do vírus em até 15 minutos, tem validade de oito a doze meses. Devido à cobertura vacinal, as compras têm caído ao longo dos últimos seis meses. Farmacêuticos alegam que itens serão jogados no lixo.
Joana Aguera, farmacêutica e dona da Vida e Saúde, explica que notou a diminuição, não só dele, mas de outros itens que tiveram papel importante durante a pandemia.
“Nesses últimos meses eu percebi que a procura de teste de covid diminuiu bastante. A procura por máscara e álcool em gel também. Os testes têm uma validade de oito a doze meses. Após esse período é feito descarte". Ela está com estoque parado há seis meses.
Tássio Monteiro, farmacêutico e gestor de uma unidade do Grupo Mais, também observa a queda. "Não estava tendo nenhuma procura e no último mês, aumentou para uma, duas pessoas procurando por dia. O estoque está saindo, devagarinho, mas tá saindo”.
Ele acrescenta que chegou a ficar três meses sem que nenhum cliente comprasse o teste rápido.
Também há três meses com estoque parado, o farmacêutico Everton Carmone acrescenta que a procura está crítica. "A demanda tá baixa, hoje teve uma procura só, mas praticamente zerado, estoque tá parado".
Imunização - No Estado, ao todo, 38,3% (115.204) do público de 5 a 11 anos recebeu a segunda dose dos imunizantes e 67.564 (22,4%) está em atraso. Já no público de 12 a 34 anos, a dose de reforço foi dada em 542.326 pessoas, ou seja, 54,1%. Apesar do número, 215.431 (21,5%) pessoas não se vacinaram contra a doença.
Na faixa etária mais velha, de 35 anos ou mais, 26,9% do público recebeu a vacina (353.974). A segunda dose de reforço está atrasada para 52,6% ( 692.624).
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