Com estoques em nível crítico, Hemosul faz apelo aos doadores de sangue
Conforme coordenadora de captação de doadores, os hospitais estão cheios de pacientes precisando da doação
Às vésperas do feriado prolongado de Tiradentes, o Hemosul faz um apelo à população de Mato Grosso do Sul: os estoques de sangue, especialmente dos tipos O positivo e O negativo, estão em situação crítica. Só na última terça-feira (8), apenas 66 bolsas foram coletadas no Hemosul Coordenador, quando o ideal seria no mínimo 120 doações por dia. Ontem (9), a quantidade diminuiu mais ainda. Apenas 57 doadores compareceram.
Lucélia Fernandes, chefe de captação de doadores, alerta que a baixa adesão preocupa ainda mais diante do aumento da demanda nos hospitais. “O estoque está baixando e os hospitais estão cheios de pacientes precisando, pedindo todo dia e toda hora componentes sanguíneos. Estamos quase em estado crítico”, afirma.
Segundo ela, além dos sangues do tipo O, todos os tipos são necessários. “Preciso de todos, porque para produzir plasma, plaquetas e hemácias, só consigo se o doador vier e deixar aquela bolsinha de 450 ml. A plaqueta, por exemplo, só tem cinco dias de validade. Então, preciso de doações todos os dias”, explica.
Com a chegada do feriado, a situação se agrava. Na Sexta-feira Santa, celebrada no dia 18, o Hemosul estará fechado. Mas sábado (19), o Hemosul abrirá. A rede estará fechada novamente na segunda-feira (21), feriado de Tiradentes. “Feriado é sempre mais crítico. As pessoas viajam, aumentam os acidentes, e a necessidade nos hospitais só cresce. Por isso, a gente pede: antes de viajar, venha doar”, reforça Lucélia.
Nesta semana, a média de doadores está bem abaixo do necessário. Na quarta-feira (9), apenas 57 pessoas compareceram ao Hemosul Coordenador, que fica na Rua Fernando Corrêa da Costa, em Campo Grande.
Como doar
Para doar sangue é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 51 quilos e apresentar um documento oficial com foto. O doador também deve estar bem alimentado e, em caso de gripe ou resfriado, aguardar a recuperação completa antes de doar.
Em Campo Grande, além do Hemosul Coordenador, também é possível doar na Santa Casa e no Hospital Regional. No interior, há unidades fixas em Dourados, Três Lagoas, Paranaíba e Ponta Porã, além de campanhas itinerantes pelo estado.
“O sangue não pode ser fabricado. Sem o doador, não conseguimos salvar vidas”, conclui Lucélia.
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