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Com licitação de R$ 8,9 mi, prefeitura garante só 50% de obra do Belas Artes

Projeto, que de rodoviária mudou para centro cultural, começou há 33 anos em Campo Grande

Por Cassia Modena | 05/12/2024 09:45
A estrutura do Centro de Belas Artes que foi edificada até agora (Foto: Alex Machado/Arquivo)
A estrutura do Centro de Belas Artes que foi edificada até agora (Foto: Alex Machado/Arquivo)

Esqueleto do que poderia ser um centro cultural já com 30 anos de existência, as obras do Centro de Belas Artes terão mais uma chance de serem finalizadas. Nesta quinta-feira (5), a Prefeitura de Campo Grande abriu licitação para contratar empresa interessada em assumir apenas 50% do que falta para a estrutura virar prédio. Já a outra metade, segue indefinida.

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Após 33 anos de obras inacabadas, a Prefeitura de Campo Grande lançou licitação para contratar empresa que concluirá 50% do Centro Municipal de Belas Artes, com investimento de R$ 8.996.718,59. O projeto contempla infraestrutura, reformas em 4.300 m², e medidas anti-vandalismo. A licitação anterior falhou na estimativa de preços, resultando em rescisão contratual. A conclusão da obra, prevista para 360 dias após a ordem de serviço, prevê salas de dança, auditório, espaço para exposições e o Arquivo Histórico de Campo Grande.

Em abril deste ano, o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, adiantou que uma contratação iria prever obras em apenas parte da área, que totaliza aproximadamente 27 mil m² e está localizada entre a Avenida Ernesto Geisel e a Rua Plutão, no Bairro Cabreúva.

Em novembro, ele acrescentou que a prefeitura emprestou da Caixa Econômica Federal R$ 8,5 milhões que serão investidos na metade do projeto.

A licitação publicada hoje, no Diário Oficial de Campo Grande, define que a contratação será feita por um valor maior: R$ 8.996.718,59. As empresas interessadas deverão enviar propostas até 20 de dezembro. O prazo para finalização da obra será de 360 dias após a ordem de serviço sair.

O que será feito - O projeto atual contempla infraestrutura de água, esgoto, águas pluviais, elétrica e paisagismo, além da estética e acabamentos em pintura das fachadas.

Serão reformados 4,3 mil m² em piso, instalações elétricas, a parte de hidrossanitária e de climatização, instalação de esquadrias, pintura, fechamento em gesso, manutenção, troca e instalação de telha metálica termoacústica.

Estão previstos também o cercamento da obra e fechamento de vãos para evitar depredações, furtos e invasões, enquanto licitação e contratação de empresa para concluir os outros 50% não são feitos. "Pretende-se fazer uma nova revisão de projetos e planilhas para relicitar a obra com a maior agilidade possível, na intenção de finalizar as obras e dar a devida funcionalidade ao edifício", diz trecho do projeto geral.

Falha - Licitação anterior à que está aberta, falhou ao estimar os preços. Empresa que assumiu após a vencedora desistir, a Campana & Gomes Engenharia Ltda. rescindiu o contrato com a prefeitura em 2023, após a Sisep precisar atualizar os valores.

Placas indicavam retomada das obras inconclusas, em 2023, mas falha atrapalhou (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Placas indicavam retomada das obras inconclusas, em 2023, mas falha atrapalhou (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

O contrato que será firmado pagará mais que o dobro em comparação ao que foi rompido. A Campana receberia R$ 4,4 milhões para assumir 40% da obra restante.

Ainda em relação ao último contrato, estão entre as etapas adicionadas a concretagem de 5 mil m² de calçamento externo e a execução de 1,7 mil m² de ciclovia.

33 anos - As obras começaram em 1991, sob o comando do governo estadual. Inicialmente, o espaço seria destinado a um novo terminal rodoviário de Campo Grande.

Após uma temporada de abandono, o governo transferiu a área ao município, que firmou acordo com o Ministério Público Estadual em 2007. O projeto foi alterado e se tornou o atual, o Centro Municipal Belas Artes.

Em 2018, houve um novo acordo para a conclusão da obra, projetos foram ajustados e em 2021 foi lançada a licitação para a conclusão. O total de três empresas, entre elas a Campana, chegaram a ser contratadas nesse período.

Como ficará - Quando for 100% concretizado, o corpo do Belas Artes vai ter em seu térreo salas de dança, salas multiusos para cursos, auditório para eventos e um salão para exposições temporárias.

O subsolo vai reunir o Arca, o Arquivo Histórico de Campo Grande, salas de pesquisa, espaço para restauração e higienização de acervo, espaço administrativo e guarda de acervo.

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