Prefeitura prevê concluir parte do Belas Artes com licitação de R$ 8,5 milhões
Último contrato firmado com empresa era de R$ 4,4 milhões e foi rompido
O secretário Marcelo Miglioli, da Sisep (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos), afirmou hoje (19) que uma licitação poderá ser lançada na próxima semana para contratar empresa para concluir parte das obras do Centro de Belas Artes, em Campo Grande.
O prédio está inacabado há 33 anos. O contrato, segundo prevê Miglioli, vai contemplar um terço de sua área total e poderá ser fixado em R$ 8,5 milhões.
É quase o dobro do contrato anterior de R$ 4,4 milhões firmado com o objetivo de terminar 40% da obra, mas que foi rompido pela empresa Campana & Gomes Engenharia Ltda.
"Para que a gente possa retomar, nós fizemos uma atualização de preço, uma revisão geral do projeto. Acreditamos que a gente vai conseguir incitar um projeto bem concebido e eu espero que dessa vez a gente possa pôr um ponto final nesse assunto do Belas Artes", disse o secretário.
Corresponde há um terço cerca de 5 mil metros quadrados do canteiro de obras do Centro de Belas Artes, detalhou também o titular da Sisep.
Destinação - A Prefeitura de Campo Grande não vai mudar a destinação do prédio, segundo Miglioli. "É o mesmo projeto. Lá vai ter uma parte da cultura, vai ter teatro, vai ser um centro de cultura", diz.
Quanto aos outros dois terços da área, ele afirma que está em estudo o que será feito.
Histórico - Inicialmente, o local seria um terminal rodoviário. A obra foi iniciada com esse fim em 1991 e paralisada em 1994, pela primeira vez.
A Prefeitura de Campo Grande recebeu a obra do Governo de Mato Grosso do Sul em 2006, quando decidiu que lá seria o Centro Municipal de Belas Artes. A estrutura já tinha 15 anos de existência.
O projeto arquitetônico moderno, com 15 mil metros quadrados, seria executado por partes. A primeira etapa reiniciou em 2008, a partir de contrato de mais de R$ 6 milhões com a Mark Engenharia. Em 2013, com 80% executado, a empresa não concluiu a obra por atraso nos pagamentos das medições realizadas e a gestão da época decidiu paralisá-la. A empresa entrou na Justiça cobrando os pagamentos.
Em 2017, a gestão municipal da época fez acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para continuar a obra. Nova licitação foi realizada em 2019 e em 2020, a empresa foi contratada. Em maio de 2020, a Justiça suspendeu a obra em função da perícia a ser realizada para descobrir o que o município ainda devia à empresa que começou a obra. Então, a empresa licitada desistiu do contrato em função da defasagem dos valores da proposta.
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