Prefeitura prevê concluir parte do Belas Artes com licitação de R$ 8,5 milhões
Último contrato firmado com empresa era de R$ 4,4 milhões e foi rompido
![Estrutura inacabada do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Alex Machado)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2024/04/19/2y0rdh0f6bok8.jpg)
O secretário Marcelo Miglioli, da Sisep (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos), afirmou hoje (19) que uma licitação poderá ser lançada na próxima semana para contratar empresa para concluir parte das obras do Centro de Belas Artes, em Campo Grande.
O prédio está inacabado há 33 anos. O contrato, segundo prevê Miglioli, vai contemplar um terço de sua área total e poderá ser fixado em R$ 8,5 milhões.
É quase o dobro do contrato anterior de R$ 4,4 milhões firmado com o objetivo de terminar 40% da obra, mas que foi rompido pela empresa Campana & Gomes Engenharia Ltda.
"Para que a gente possa retomar, nós fizemos uma atualização de preço, uma revisão geral do projeto. Acreditamos que a gente vai conseguir incitar um projeto bem concebido e eu espero que dessa vez a gente possa pôr um ponto final nesse assunto do Belas Artes", disse o secretário.
Corresponde há um terço cerca de 5 mil metros quadrados do canteiro de obras do Centro de Belas Artes, detalhou também o titular da Sisep.
Destinação - A Prefeitura de Campo Grande não vai mudar a destinação do prédio, segundo Miglioli. "É o mesmo projeto. Lá vai ter uma parte da cultura, vai ter teatro, vai ser um centro de cultura", diz.
![De terminal rodoviário a centro cultural, obra tem apenas bases até agora (Foto: Alex Machado/Arquivo)](https://cdn6.campograndenews.com.br/uploads/noticias/2024/04/19/pwafy923fy4p.jpeg)
Quanto aos outros dois terços da área, ele afirma que está em estudo o que será feito.
Histórico - Inicialmente, o local seria um terminal rodoviário. A obra foi iniciada com esse fim em 1991 e paralisada em 1994, pela primeira vez.
A Prefeitura de Campo Grande recebeu a obra do Governo de Mato Grosso do Sul em 2006, quando decidiu que lá seria o Centro Municipal de Belas Artes. A estrutura já tinha 15 anos de existência.
O projeto arquitetônico moderno, com 15 mil metros quadrados, seria executado por partes. A primeira etapa reiniciou em 2008, a partir de contrato de mais de R$ 6 milhões com a Mark Engenharia. Em 2013, com 80% executado, a empresa não concluiu a obra por atraso nos pagamentos das medições realizadas e a gestão da época decidiu paralisá-la. A empresa entrou na Justiça cobrando os pagamentos.
Em 2017, a gestão municipal da época fez acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para continuar a obra. Nova licitação foi realizada em 2019 e em 2020, a empresa foi contratada. Em maio de 2020, a Justiça suspendeu a obra em função da perícia a ser realizada para descobrir o que o município ainda devia à empresa que começou a obra. Então, a empresa licitada desistiu do contrato em função da defasagem dos valores da proposta.
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