Com novo recurso, defesa tenta livrar oficial que matou marido do júri
Crime ocorreu em julho de 2016. Advogado de Itamara afirma que tiros foram em legítima defesa
O caso da tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira - réu pela morte do marido Valdeni Lopes Nogueira, que era major da PM (Polícia Militar), está parado na Justiça e só deve ter novidades em 2019. É o que avalia o advogado de defesa José Roberto da Rosa, que ingressou com novo recurso.
Em agosto deste ano, após mais de dois anos do crime, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Crime, determinou que Itamara Romeiro fosse a júri popular pelo crime. A defesa ingressou com recurso, que foi negado. Agora, a defesa ingressou com novo recurso e tenta livrar Itamara do júri popular.
O advogado ainda declarou que a morte do desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Manoel Mendes Carli, que faleceu neste sábado (17) em Campo Grande, deve alterar a esfera judicial. A defesa tenta alegar legítima defesa no caso. Se o recurso for negado, explica o advogado, novo pedido será feito em instância superior.
O crime - Na tarde de 12 de julho de 2016, o casal estava discutindo em casa, no bairro Santo Antônio, e por volta das 16h30 a mulher efetuou disparos contra o marido. Com a chegada da PM, Itamara se trancou na residência e se negou a entregar a arma, mas confessou o crime.
Itamara afirmou a Justiça que foi vítima de violência doméstica, que já ocorria há tempos, e desta vez, agredida com socos e tapas, teria sido ameaçada de morte pelo marido e agiu em legítima defesa.
Segundo o depoimento da oficial, após as agressões o marido foi em direção ao carro para pegar a arma e ela correu até o quarto, alcançou sua pistola e disparou em direção a vítima. O caso foi investigado pela 7ª Delegacia de Polícia Civil, que ao fim do inquérito afirmou que a PM agiu em legítima defesa.