Confundido com alvo por armazenar pornô infantil, dentista explica mal entendido
“O que diferencia ambos é a idade e claro, a índole e o caráter”, esclarece advogado em nota
Cirurgião-dentista e professor universitário, Maurício Terra, de 41 anos, decidiu vir a público para esclarecer que não é o profissional preso no dia 31 de maio por armazenar e compartilhar pornografia infantil. A confusão se deu porque Maurício Terra tem consultório no mesmo cruzamento do Jardim dos Estados, em Campo Grande, onde atende o dentista investigado pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).
“Vale ressaltar que em um cruzamento existem quatro esquinas sendo que em uma dessas, se localiza o consultório do Dr. Mauricio Terra, que faz se de forma ativa sua divulgação nas mídias sociais com indicação do seu endereço de atendimento”, explicou o profissional, por meio de nota enviada pelo advogado William Maksoud Machado.
No texto, o cirurgião-dentista afirma que foi confundido com o colega preso, o que lhe causou constrangimentos. Esclarece ainda que é casado e dá aulas em curso de pós-graduação em Ortodontia, enquanto o homem preso tem 52 anos e, conforme já noticiado pelo Campo Grande News, atua como professor titular na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
O advogado ressalta que as informações divulgadas pela Polícia Civil e veiculadas pela imprensa – de que o alvo da operação naquele dia era um dentista que tem consultório numa esquina do Jardim dos Estados e atua como professor – remeteu à imagem de Maurício Terra, “o que levou diversas pessoas a fazerem falsas acusações” ao cliente, “pois a única informação que diferencia ambos seria a idade e claro, a índole e o caráter”. “Importante ainda destacar, que o professor e dentista Dr. Maurício Terra sempre pautou o seu comportamento profissional e pessoal na ética e honestidade”, completa William Maksoud.
O Instituto Terra de Odontologia funciona na Rua Rio Grande do Sul, número 845.
A prisão – O dentista alvo da Depca foi preso em flagrante aconteceu no consultório odontológico onde atendia e no local, foram apreendidos 4 CPUs, 1 HD e 1 celular. Buscas também foram feitas no carro do suspeito, um Jeep Compass cinza.
Conforme a delegada Fernanda Mendes, titular da Depca, o investigado armazenava, disponibilizava e compartilhava vídeos contendo cenas de estupro de crianças e adolescentes, permanentemente. Os computadores gravaram arquivos desde 2010 e o homem era monitorado há cerca de 6 meses.
O suspeito teve a liberdade provisória concedida pela Justiça em audiência de custódia realizada na manhã de quarta-feira, dia 1º de junho. A decisão foi do juiz Francisco Vieira de Andrade Neto.
