Conselho diz que depende do MP e está de mãos atadas sobre caso de maus-tratos
Das 7 crianças que viviam na residência, que seria usada como boca de fumo, cinco foram levadas para abrigos
Sobre o caso de maus-tratos divulgado pela reportagem na tarde de ontem, que mostra uma criança toda suja e sozinha dormindo na varanda de casa, na Vila Popular, em Campo Grande, o Conselho Tutelar disse que está de mãos atadas e depende do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Das 7 crianças que viviam na residência, que seria usada como boca de fumo, cinco foram levadas pelo Conselho Tutelar para abrigos na noite de terça-feira (12), porém as outras duas, inclusive a menina que aparece na foto dormindo na calçada, continuam na residência porque não constavam o nome delas na decisão judicial. Por enquanto, as crianças estão sob a guarda da avó, que vive na mesma residência.
Conforme apurado pela reportagem, ontem à noite a situação foi relatada ao Ministério Público para providências, mas até o fim da manhã desta quinta-feira (14) ainda não havia posicionamento sobre o assunto. A reportagem entrou em contato com o Ministério Público e aguarda retorno.
Caso - Antes da cena enviada ao Campo Grande News da menina dormindo perto do portão, o Conselho Tutelar já fazia acompanhamento com as crianças – sete ao todo – e com os pais e avós que moram no imóvel. Porém, situações mais graves, como fuga frequente de uma adolescente de 13 anos e denúncias também regulares de uso da casa como boca de fumo levaram o caso para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul e para o Tribunal de Justiça.
A Polícia Militar já foi acionada várias vezes para ir até a moradia, mas nunca houve flagrante com apreensão de entorpecentes, por exemplo. Apenas uma balança de precisão foi encontrada lá uma vez. Conforme o Conselho Tutelar, em todas as visitas à família, as crianças – de 11 meses a 17 anos – pareciam bem alimentadas.
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