Contra 'clandestinos', taxistas farão manifestação nesta quarta-feira
Um grupo de taxistas vai se reunir a partir das 8h desta quarta-feira (6) nos altos da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, para protestar contra a atividade do Uber no país, a qual a categoria considera, da forma que é realizada, ser ilegal e, portanto, clandestina.
Os taxistas devem se reunir em frente a Cidade do Natal e seguir de lá em carreata pela Afonso Pena. Ainda não há trajeto previsto. A iniciativa, conforme apurado, partiu de grupos independentes, não ligados as associações e sindicatos.
Além de protestar contra o "transporte clandestino", os taxistas querem manifestar apoio ao projeto que tramita no Congresso e visa regulamentar o setor de forma que fique proibido o Uber no país.
A PL (Projeto de Lei) 5.587/16 foi proposto pelos deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), Renata Abreu (PTN-SP), Laudivio Carvalho (SD-MG) e Rôney Nemer (PP-DF), e pode ser votado nesta quarta-feira, quando várias manifestações serão realizadas no país.
Cerco - Enquanto o serviço foi regulamentado em São Paulo, no Rio de Janeiro ele foi proibido e em Campo Grande é alvo, recentemente, de intensa fiscalização da prefeitura, através da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).
A situação fez com que motoristas cadastrados no aplicativo abordados com passageiros fossem multados. Em contraponto, o advogado João Henrique Miranda Soares Catan foi à Justiça pedir explicação para a prefeitura sobre a situação. Dependendo da justificativa, a fiscalização pode ser suspensa.
Nesta terça, o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, David de Oliveira Gomes Filho, determinou que a prefeitura dê explicações em 72 horas sobre a fiscalização, que também encontra resistência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Anonimamente, motoristas do Uber afirmam que foram ameaçados por taxistas, pelo Facebook, e também pessoalmente. Já pelo canal Direto das Ruas, taxistas enviaram mensagens de grupos de motoristas do Uber afirmando que iriam "sair no soco" com os "rivais", além de fazer provocações em pontos de táxi.