Contra fim do parquímetro, Marquinhos defende valor menor aos sábados
Prefeito entende recomendação do Ministério Público, mas também lembra de TAC assinado junto ao órgão
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), sugeriu que o preço cobrado pela Flexpark para estacionar no Centro da cidade seja apenas reduzido aos sábados. Nesta semana a empresa suspendeu a cobrança no fim de semana, depois de ser advertida pelo Ministério Público Estadual e pelo Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) e agora o valor só é exigido de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Marquinhos acredita que sem a cobrança aos sábados não haverá a rotatividade no uso das vagas disponíveis na região, admite que contrato com a empresa não prevê cobrança neste dia, porém lembra do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) assinado há seis anos. “É verdade que o contrato não prevê cobrança aos sábados, e também é verdade que o próprio Ministério Público assinou, em 2012, o TAC com a empresa autorizando a cobrança”.
Na decisão, o Ministério Público também aponta que não pode haver a cobrança pelo serviço aos sábados sem que haja em contrapartida o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão do serviço, como a redução do valor da tarifa.
Segundo Trad, a polêmica foi criada porque os próprios consumidores que chegam ao Centro da Capital não conseguem encontrar mais vagas entre 8h30 e 9h, pois elas já foram tomadas pelos comerciantes. “Isso obriga o consumidor a pagar o estacionamento [privado] que tem o preço muito mais elevado”, disse o prefeito, pedindo um meio termo na polêmica envolvendo a cobrança do estacionamento.
A empresa fala em queda de arrecadação e consequentes demissões. Por isso, cerca de 40 funcionários da Flexpark, que administra as vagas de estacionamento no Centro, protestaram contra o fim da cobrança aos sábados. Antes, a cobrança era feita das 7h30 às 12h.