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Capital

Multa no parquímetro vira caso de polícia após postagem no Facebook

Motorista fez postagem reclamando de agente após receber multa por não abastecer parquímetro

Gabriel Maymone e Luana Rodrigues | 30/08/2017 16:10
Foto tirada pelo motorista, no momento em que agente aplicou multa. (Foto: Direto das Ruas)
Foto tirada pelo motorista, no momento em que agente aplicou multa. (Foto: Direto das Ruas)

Agente de trânsito de Campo Grande procurou a polícia nesta terça-feira (29) para relatar ter sido vítima de difamação no Facebook. O autor seria um motorista, de 39 anos, que recebeu uma multa por, supostamente, estacionar sem pagar o parquímetro, no Centro.

Conforme o boletim de ocorrência, o fiscal estava trabalhando na Rua 15 de Novembro, e constatou que havia duas vagas com carros estacionados e os parquímetros estavam zerados.

Segundo relato do funcionário da prefeitura, ele fez o procedimento padrão para testar o equipamento e, após constatar que estava funcionando corretamente, preencheu o auto de infração.

Neste momento, conforme a queixa feita à polícia, o proprietário do veículo chegou e, segundo o agente da Agetran, inseriu 30 minutos de crédito e começou a filmar. Ele foi informado pelo fiscal de que não haveria a possibilidade de anular a infração, pois o documento já havia sido preenchido.

Ainda conforme o relato, mais tarde, o servidor municipal ficou sabendo que havia um vídeo dele circulando no Facebook, e que várias pessoas estavam comentando e o xingando.

O Campo Grande News teve acesso ao vídeo que mostra o momento em que o agente aplica a multa e o motorista questionando a ação, veja abaixo:

Outro lado - O motorista que filmou a ação do agente e publicou no Facebook é o empresário Vinícius Carvalho. Ao Campo Grande News ele contou que, de fato, estava sem tempo no parquímetro no momento da multa. No entanto, diz que foi maltratado e ameaçado pelo agente de trânsito, por isso fez o registro.

"Sempre estaciono ali, porque tenho uma loja quase na frente. Nesse dia, eu tinha acabado de chegar na loja, tinha um cliente me esperando, por isso não coloquei o tempo. Foi quando meu sócio viu ele multando carros, e foi colocar o parquímetro, antes dele chegar no meu carro. Quando ele viu meu sócio, parou de multar o carro de trás e começou a multar o meu. Fui questionar e o que me indignou foi a soberba dele", diz.

Conforme o empresário, o agente disse que não retiraria a multa, pois era possível que o motorista retirasse o tempo assim que ele virasse as costas. "Ele ainda disse que passaria ali todos os dia para me multar", conta.

Em sua defesa, o empresário reclama da insegurança no local e da ostensiva de agentes de trânsito, enquanto a polícia nem passa por ali.

"Eu não quero prejudicar o cara, não tenho pretensão que ele perca o emprego, quero saber porque a polícia manda Agetran três vezes ao dia aqui, enquanto tem gente fumando crack em frente a minha loja. A polícia não vem, mas a Agetran passa três vezes ao dia, porque a Agetran da multa", considera.

Agetran - Em nota, a Agetran informou que pelas próprias fotos tiradas pelo motorista é possível ver no parquímetro o tempo de 29 minutos, o que prova que ele carregou o equipamento após a notificação, pois só é possível adicionar o tempo mínimo de 30 minutos.

Ainda conforme a Agetran, um guarda municipal é testemunha de que o motorista não havia abastecido o parquímetro e que o condutor já tem três multas por uso irregular de estacionamento somente no primeiro semestre deste ano, todas registradas por diferentes agentes de trânsito.

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