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Capital

Contra ordem judicial, policiais vão intensificar greve no interior do Estado

Jéssica Benitez | 17/05/2013 17:10
Policiais ignoram ordem judicial e reforçam greve no interior (Foto: Marcos Ermínio)
Policiais ignoram ordem judicial e reforçam greve no interior (Foto: Marcos Ermínio)

O próximo passo dos grevistas da Polícia Civil é mapear as cidades que menos aderiram à paralisação e intensificar o manifesto nestas áreas. Mesmo com parecer do TJ-MS (Tribunal de Justiça do Estado) considerando a greve ilegal e aplicação de multa diária no valor de R$ 40 mil, os policiais darão continuidade ao protesto.

“Estamos contentes, consideramos um sucesso. Atingimos nosso objetivo de parar 70% do efetivo. Amanhã vamos intensificar a estratégia e pegar firma no interior do Estado, mapear as cidades que tiveram menos participação”, explicou o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policias Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa.

Amanhã o sistema grevista permanece o mesmo. Os atendimentos serão feitos somente nas Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e do bairro Piratininga. “Vale ressaltar que continuamos com apenas 30% dos homens trabalhando e vamos manter as regras da paralisação”, disse Barbosa.

Sendo assim, as delegacias farão registros de ocorrências apenas de prisões em flagrantes, casos de homicídios, remoção de cadáveres em residências ou vias públicas, desaparecimento de menores de idade e casos relacionados à lei Maria da Penha.

Além disso, os investigadores não farão diligências, transferências serão feitas apenas de presos em flagrante ou capturados para as unidades onde devem ficar custodiados, escoltas não devem ser executadas, somente ambulatoriais em casos de emergência.

Atendimento de advogados ou oficiais de Justiça nas delegacias também estarão paralisados, exceto em casos de alvará de soltura. Visitas também estão suspensas durante a greve. Quanto aos escrivães, cumprirão o expediente normal, porém com restrição.

De acordo com as regras da greve, apenas serão realizadas atividades em cartórios que estejam relacionadas a prisões em flagrantes, homicídios e medidas protetivas urgentes, no caso da lei Maria da Penha.

Não haverá também encaminhamento ou retirada de inquéritos policiais ou outras comunicações, protocolos, ofícios, nem expedidas intimações. Em caso de flagrantes e oitivas urgentes, os escrivães deverão fazê-las somente acompanhados de delegados.

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