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Capital

Coronel feito refém ficou na chuva por 4 horas e avisou polícia de cemitério

Jorge Almoas e Fabiano Arruda | 19/03/2011 10:20
Assaltantes foram presos pouco depois do sequestro relâmpago. (Foto: Simão Nogueira)
Assaltantes foram presos pouco depois do sequestro relâmpago. (Foto: Simão Nogueira)

O coronel da reserva Roberto Francisco de Souza contou em entrevista ao Campo Grande News que foi obrigado a ficar na chuva por quatro horas durante o sequestro comandado por uma quadrilha especializada em roubo de caminhonetes. Quando foi libertado, Roberto avisou as autoridades a partir do telefone de um cemitério.

Na noite de ontem, Roberto estava na companhia de um amigo em um restaurante quando foi abordado por dois homens armados. Eles obrigaram Roberto e o amigo, além do dono do estabelecimento, a entrarem na caminhonete do coronel PM.

Os reféns foram levados para a saída de Rochedinho e obrigados a ficar na chuva por quatro horas. “Eles não nos vendaram, amordaçaram ou foram violentos em nenhum momento. Mas pediram para que não olhássemos para eles. Acredito que eles eram inexperientes, pois estavam nervosos”, relatou Roberto.

De acordo com a polícia, os sequestradores mantiveram Roberto e os outros dois homens reféns por quatro horas, tempo suficiente para que o veículo fosse levado para o Paraguai. o coronel se identificou como sendo da PM e, em determinado momento, pensou em reagir.

“Mas acabei desistindo”, conta, ao citar que um dos outros reféns era um senhor que toma remédio controlado e sofre de Mal de Parkinson. Por conta da debilidade física, ao serem libertos, o homem precisou se arrastar na lama.

Mesmo sem poder levantar a cabeça, Roberto viu um clarão próximo e imaginou ser a estrada. Ele estava a oito quilômetros da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), na saída para Rochedinho, e a 100 metros da estrada.

“Quando eles disseram que iam embora, corri até um cemitério, pedi um telefone e avisei a polícia”, disse o coronel.

Foram presos neste sábado Theomar Novas Monteiro, de 21 anos; Wilberson de Assis Ojeda, de 20 anos; Vantuir da Silva Nunes de Assis, de 34 anos; Naywasany Fernandes da Costa, de 20 anos, e uma adolescente de 16 anos.

Em um dos carros utilizados como apoio, a polícia encontrou maconha, cheques, cartões bancários, documentos e três armas de fogo, incluindo uma pistola. A caminhonete de Roberto foi localizada pela PRE (Polícia Rodoviária Estadual) próximo à Fazenda Itamarati, no sul do Estado.

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