Coronel preso por descumprir medida protetiva da ex vai para reserva remunerada
Coronel do Corpo de Bombeiros, Francimar Vieira da Costa foi preso em maio, na casa da ex-mulher
O coronel do Corpo de Bombeiros, Francimar Vieira da Costa, 55 anos, foi transferido, a pedido, para reserva remunerada, conforme publicação hoje no Diário Oficial do Estado. Em maio deste ano, o militar chegou a ser detido por descumprir medida protetiva pedida pela ex-mulher.
A transferência para reserva remunerada, a pedido, foi deferida pela Ageprev (Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul), seguindo os artigos da lei que institui regime de previdência social do Estado e decreto que trata da administração direta, autárquica e funcional.
No sistema de transparência do governo estadual, consta que o coronel tem remuneração fixa de R$ 39.850,49 e, com deduções, fica em R$ 30.911,73. A reportagem entrou em contato com governo estadual para verificar qual o valor a ser pago para reserva.
O coronel foi preso no dia 30 de maio, depois de quebrar a ordem de medida restritiva pedida pela ex-mulher.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, por volta das 7h10, o militar ligou para o 190 pedindo para que os policiais impedissem a ex de retirar móveis da casa onde moravam. Na ligação, ele mesmo revelou que não poderia ir até o local, porque medida protetiva o proibia.
No local, os PMs notaram que os móveis da residência estavam em um caminhão de mudança. Para eles, a mulher apresentou cópia da ordem judicial determinando que o coronel deixasse o imóvel. Também explicou que o aluguel era muito alto e, por isso, se mudaria para uma casa mais barata.
O coronel havia informado que não sabia dessa última medida protetiva. Na audiência de custódia, foi liberado e passou a ser monitorado eletronicamente.
O Campo Grande News verificou que o militar foi denunciado cinco vezes como autor de violência doméstica. Os boletins de ocorrência são de injúria, ameaça, lesão e descumprimento de medida protetiva. Somente em junho de 2021, a ex procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) três vezes.
Em nota anterior sobre a prisão, a informação do comando é que o militar já havia sido punido administrativamente por esta conduta e que não havia sido comunicado da última prisão, dia 30 de maio.
A assessoria do Corpo de Bombeiros informou que novo procedimento administrativo foi aberto para apurar a conduta do militar. "O fato de ter ido para reserva não prejudica o andamento de tais procedimentos disciplinares", informou, em nota.