Cruzamento no Tijuca ganha reforço na pintura: "não resolve", dizem moradores
Rapaz de 29 anos morreu em colisão; prefeitura diz que fará estudo técnico para melhorar sinalização
A sinalização horizontal no cruzamento das avenidas Souto Maior e Dinamarca, no Bairro Tijuca, em Campo Grande, foi reforçada na madrugada desta terça-feira (31) pela prefeitura. O trecho foi cenário de grave acidente que matou o fisioterapeuta Nestor Almeida dos Santos, de 29 anos, no domingo (29). No dia seguinte, as câmeras no entorno registraram outra colisão, situação recorrente, segundo moradores.
A Dinamarca recebeu reforço na pintura de parada obrigatória, pois a Souto Maior é uma via preferencial. Mas, para moradores e comerciantes da região, trata-se de uma "solução provisória". "Só a pintura no chão não resolve. Em dia de chuva esse cruzamento fica alagado e a água desgasta, além da poeira e alto fluxo de veículos que faz a pintura sair mais rápido", comenta o gerente de uma loja, Ademilson Rioja Pereira, 35 anos.
O gerente afirma que a preocupação maior é com as crianças que passam naquele trecho para seguir até a escola. No local, não há nem faixa de pedestres. "O perigo está principalmente na Souto Maior, que o fluxo de veículos é muito grande e se torna uma roleta-russa. Precisa de um semáforo", pondera.
Wgleberson Souza Lourenço, de 24 anos, é cadeirante e enfrenta o caos no cruzamento com frequência. Ele também diz que a via mais preocupante é a Souto Maior. "É mais complicado porque os carros passam muito rápido e quando algum tenta parar, o risco de outro bater na traseira é grande", pontua.
Pedro João Ferreira tem 78 anos e mora há 43 no bairro. Para ele, os motociclistas são o maior problema. "Motoqueiro não respeita o pedestre e anda em alta velocidade. A melhor solução seria um semáforo e mais quebra-molas", diz.
À reportagem do Campo Grande News, a Prefeitura de Campo Grande informou que irá realizar estudo técnico para implantar a melhor sinalização para o local.
Acidente - Vídeo mostra o momento que Nestor, que conduzia uma moto Honda CG Titan, passa pela Avenida Souto Maior, derrapa e cai no asfalto, sendo atropelado pela caminhonete Chevrolet S10 em alta velocidade, que trafegava na Avenida Dinamarca.
Na sequência, outro motociclista e o passageiro também são atingidos. Esses últimos foram socorridos e levados para a Santa Casa, com suspeita de fraturas.
Nestor morreu no local. Ele era natural de Anastácio, mas residia na Capital junto com os tios. Nestor havia deixado o filho na residência da ex e retornava para casa, quando foi vítima do acidente. "Minha família inteira está destruída", lamenta um primo do rapaz. Nestor atuava em uma clínica de fisioterapia e reabilitação. "Ele era maravilhoso, um menino excepcional", completa o familiar.
O condutor da caminhonete, Edmundo Mendes da Cruz Junior, de 32 anos, afirmou que ingeriu uma latinha de cerveja naquela tarde. Contudo, teste do bafômetro apontou 0,26 mg/l de álcool no sangue, bem acima do "tolerável". Edmundo foi preso em flagrante e aguarda audiência de custódia.
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