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Capital

De 2 ou 4 rodas, a pé e até de cadeira de rodas, manifestantes comparecem

Helton Verão e Jéssica Benitez | 20/06/2013 17:59
A cadeirante Gleice Carvalho, de 27 anos, diz que não tem nada a reclamar sobre o transporte público. (Foto: Cleber Gellio)
A cadeirante Gleice Carvalho, de 27 anos, diz que não tem nada a reclamar sobre o transporte público. (Foto: Cleber Gellio)

Não importa como você vai, mas vá. Os campo-grandenses foram com os mais diferentes meios de transporte ao protesto, seja a pé, sob duas rodas, quatro e até de cadeiras de roda. Cada um foi com seus motivos para reivindicação. 

Quem foi de bicicleta, na sua maioria para protestar contra o transporte público da Capital. São ciclistas de várias idades que vieram dos mais diferentes e distantes bairros da cidade.

O garçom de 23 anos, Jockson Pedroso, mora no Aero Rancho veio de bicicleta como forma de protesto com o transporte público da Capital. “A bike é um lazer pra mim. Mas tem que ser revista essa questão do transporte público da Capital”, lembra.

Sobre o valor da passagem ter ganhado um desconto, confirmado hoje pelo prefeito Alcides Bernal, Jockson responde: ”Ele não fez mais que a obrigação dele”.

Morador da Vila Marli, o senhor Valdir Ferreira Maciel, de 62 anos veio de bicicleta para além de protestar contra o transporte público, também do alto valor cobrado em sua conta de água.

“Sou aposentado, ganho R$ 640 por mês e pago uma média de R$ 290 por mês. O serviço é muito precário e minha aposentadoria vai mais da metade com isso”, comprova com as contas em mãos Valdir.

“Vou seguir na manifestação de bicicleta e minhas contas estão aqui para quem quiser ver”, finaliza Ferreira.

Outro lado – Sobre o transporte público a atendente de telemarketing Gleice Carvalho, de 27 anos, ainda não tem nada a reclamar. Detalhe, ela é cadeirante e considera os ônibus da Capital em bom estado para suprir sua necessidade.

“Vim do bairro Santa Mônica, transporte publico é um dos melhores do Brasil no sentido de acessibilidade”, ressalta Gleice.

O motivo da cadeirante protestar é pelo contexto nacional. “Meu protesto é em contexto nacional, gostaria que o Renan Calheiros saísse do senado, sou contra a PEC 37, a saúde do estado está precário”, cita a atendente.

Gleice pede justiça e cadeia para os responsáveis do escândalo da saúde. “Meu sonho é ver quem roubou o Hospital do Câncer na cadeia”, revela.

Por fim ela apresenta uma solução para o Brasil: “Que a população vote em candidatos com ficha limpa na próxima eleição. Afinal de contas, quem vota no Tiririca quer mudar o quê?”.

A pé - Caminhando compareceu o bacharel em direito, Gilson Martins, de 58 anos, ele mora perto do clube Estoril e após 4,5 km percorrido. “O que motiva protestar é pelo escândalo da saúde, desvio de verbas do Hospital do Câncer e se ninguém faz nada, a população tem que fazer”, pede Martins.

Quatro rodas - De carro chegou à manifestação Rita Cristina Colombo, de 35 anos, ela mora no Sirio Libanes II e estacionou seu veículo na rua Pedro Celestino. A expectativa dela é por um manifesto pacifico e que ninguém depredar nada.

“Está gostando pois o clima é tranquilo. Mas se saírem andando pela cidade não vou porque tenho medo de deixar meu carro aqui”, comenta Rita.

Ainda não há uma estimativa de quantas pessoas estão participando da manifestação.

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