De olho nos catadores de lixo, Olarte tenta trazer Centro de Economia Solidária
O prefeito Gilmar Olarte (PP) e o presidente da Fundação Social do Trabalho (Funsat), Cícero Ávila, asseguraram hoje, em reunião em Brasília com o secretário nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE), Paul Singer, e o secretário-adjunto, Roberto Marinho, a constituição de uma “força-tarefa” para garantir a elaboração de um projeto no valor de R$ 4,45 milhões, incluindo a contrapartida municipal, para Campo Grande, para a construção de um Centro Público de Economia Solidária, visando neste momento atender principalmente catadores de lixo.
“Saímos da demanda para a confecção do projeto. O secretário nacional de Economia Solidária deu ordem para juntar equipe técnica do ministério com a da Funsta e construir urgentemente um projeto para antes do período eleitoral. Estamos correndo contra o tempo”, afirmou Cícero Ávila. Além dele e do prefeito Olarte, também participaram da reunião o deputado federal Akira Otsubo (PMDB) e a chefe de gabinete do senador Waldemir Moka (PMDB), Cornélia Manes.
Segundo Ávila, o Centro Público de Economia Solitária vai ser um espaço de comercialização e organização de empreendimentos da área. “Teremos investimentos em qualificação, consultoria a empreendimentos e queremos avançar no meio dos catadores de lixo, com o nível de organização de economia solidária, que traz resultados muito melhores do que empreendedorismo individual”, informou o dirigente.
A intenção, conforme Ávila, é organizar cooperativa para os catadores de lixo dentro do conceito da economia solidária, com foco na formação profissionalizante das pessoas e nas ações coletivas. Observou, porém, que há dificuldades culturais a serem superadas. “Nossa realidade étnica é fruto de uma diversidade muito grande e construir empreendimentos coletivos com miscigenação é muito difícil”, admitiu.
Depois da reunião com o secretário nacional Paul Singer, o presidente da Funsat se reuniu nesta quarta-feira (5) com o senador Waldemir Moka, para tratar do remanejamento de verba orçamentária a fim de que o projeto possa ser contemplado com o dinheiro necessário.