Defensor da cloroquina no tratamento da covid, pastor vai parar em CTI
Apesar de estar fazendo uso de "kit" para tratamento precoce, Gladiston Amorim teve piora no estado de saúde
O pastor Gladiston Amorim, mais conhecido como pastor Dinho, do Ministério Atos de Justiça, de Campo Grande, precisou ser internado em CTI (Centro de Tratamento Intensivo) na noite de domingo (23), cinco dias após gravar vídeo elogiando a cloroquina e o tratamento precoce contra a covid-19.
Apesar de estar fazendo uso da hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e zinco desde quando apresentou os primeiros sintomas, na segunda-feira passada, o pastor teve piora no quadro de saúde.
Segundo nota oficial do Ministério Atos da Justiça afirma que Gladiston Amorim está consciente, mas precisa da ajuda de aparelhos para respirar. “Não está entubado até o momento, mas pode ser que seja necessário”, completa o aviso publicado na página oficial da igreja no Facebook.
No primeiro vídeo publicado após a suspeita de estar com a doença, o pastor Dinho afirma que as milhares de mortes no Brasil se devem a falta de tratamento precoce da doença. “O que me surpreende é que, principalmente na rede pública de saúde, os médicos estão adotando o protocolo dado pelo antigo ministro da saúde [Luiz Henrique Mandetta], mandando as pessoas tomarem dipirona, ficarem em casa até terem falta de ar e irem para o hospital receberam o oxigênio”.
Embora parte da comunidade científica tenha dúvidas ou a certeza de que a cloroquina não tem eficácia contra a covid-19, além de apresentar efeitos colaterais para alguns pacientes, sendo perigosa para cardíacos, por exemplo, o pastor defende o medicamento. “As estatísticas estão provando que funciona. Eu tomei, meu coração está bem, não tive efeito colateral, não tive taquicardia e já tive melhora”, diz no vídeo publicado na terça-feira passada.
Dias depois, em outra gravação, o pastor volta a falar do “kit” para o tratamento precoce da covid. Gladiston Amorim diz ter testado positivo “por um propósito divino” e completa: “para eu conhecer mais da doença e poder ser útil para outras pessoas que não têm acesso à informação”.
Para o pastor, o uso de medicamentos no início dos sintomas deveria ser mais difundido. “O grande problema dessa doença é a desinformação, a polarização ideológica e o interesse econômico de muitos. Infelizmente, a mídia tradicional tem falado de covid e de mortes gerando pânico na população. Insiste exclusivamente no isolamento e é negacionista quando ao tratamento precoce”.
Desta vez, Gladiston é mais cauteloso e pede que as pessoas com os sintomas procurem orientação médica o quanto antes. “Não basta confiar cegamente na cloroquina. Tem de tratar com a medicação certa em cada fase”
A piora do pastor aconteceu um dia após a publicação do segundo vídeo (veja no fim do texto). Segundo a nota da igreja, Gladiston “ainda está no período crítico da doença” e pede orações.
