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Capital

Defensoria consegue cirurgia para bebê com anomalia rara na bexiga

Pequeno nasceu em Três Lagoas, com extrofia de bexiga e epispádia (“bexiga exposta”)

Adriano Fernandes | 11/05/2022 19:23
Defensoria consegue cirurgia para bebê com anomalia rara na bexiga
Defensor público responsável pela ação que garantiu a cirurgia do bebê. (Foto: Divulgação)

Um recém-nascido de Três Lagoas, cidade a 327 quilômetros da Capital enfrenta uma verdade luta pela vida, desde que veio mundo com uma anomalia grave de saúde. O pequeno nasceu no dia 03 de maio, com extrofia de bexiga e epispádia (“bexiga exposta”) e necessitava de uma cirurgia urgente, que só será possível, graças a intervenção da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul.

Devido a má formação, poucas horas depois do parto em Três Lagoas a criança precisou ser transferida para a Santa Casa de Campo Grande. “Na transferência foi dada a certeza pelos profissionais de saúde que o bebê seria atendido pelo especialista (uropediatra) e submetido à cirurgia para reconstrução de sua bexiga. No entanto, desde que chegou na Capital, há três dias, não houve a realização do procedimento cirúrgico, nem a obtenção da vaga com especialista”, detalhou o defensor público Rodrigo Zoccal Rosa, titular da 5ª DP da Infância e Juventude na Capital.

A criança, ainda durante o plantão da Defensoria, encontrava-se na “ala vermelha” da Santa Casa, onde são internados os casos gravíssimos, com um órgão vital exposto e sem perspectivas de realização do procedimento cirúrgico de urgência. “Foi informado pela Santa Casa que há somente um médico especialista em tal procedimento no Hospital Universitário de Campo Grande, e que não há vaga para a realização do procedimento no hospital”, completa Rodrigo.

Diante da situação, a Defensoria requereu, liminarmente, que fosse determinada a imediata transferência, disponibilização de vaga para internação, cirurgia e todos os demais procedimentos e tratamentos que se fizerem necessários para o Hospital Universitário. A Justiça então concedeu a antecipação da tutela jurisdicional para determinar que fosse providenciada imediatamente o socorro ao paciente em unidade hospitalar onde seu médico recomendar.

Caso não houvesse vaga destinada ao atendimento público, foi determinado ainda que a unidade hospitalar fizesse a internação em vaga particular que deveria ser custeada integralmente pelo município e, solidariamente, pelo Estado. Por fim, caso não existisse vaga em Campo Grande, a Defensoria ainda pediu que fosse providenciada a remoção e o tratamento da criança para outro hospital onde exista a vaga, mesmo que em cidade de outro Estado.

Esperança - Conforme a família, o bebê já foi transferido para o Hospital Regional onde passou por avaliação de um especialista. Conforme o médico, a criança terá de aguardar por, aproximadamente, três meses para realizar a cirurgia, para que a pele do corpo do recém-nascido se desenvolva mais para a segurança do procedimento. Nesse período ele será assistido em casa.



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