Defesa de estuprador pede comprovação de tratamento psicológico em presídio
Douglas Igor, já condenado por outros cinco estupros, agora responde por tentativa de estupro contra uma adolescente de 15 anos
A defesa de Douglas Igor da Silva Fernandes, investigado por atacar uma menina de 15 anos no fim do mês passado, pediu a justiça a comprovação de que o cliente recebeu tratamento psicológico quando esteve no regime semiaberto. O acompanhamento foi uma das exigências para ele deixasse o regime fechado, onde cumpria pena pela condenação de cinco estupros.
O documento foi enviado ao juiz da 2ª Vara de Execuções Penais nesta quinta-feira (15). No pedido de providência, o advogado Benedicto Arthur de Figueiredo Neto relembrou que quando o cliente recebeu o benefício da progressão de regime, em agosto de 2017, ficou determinado que receberia “vigilância constante”, para não sofrer recaída.
Na época, a decisão assinada pelo o juiz Caio Márcio de Britto, se baseava em dois laudos psicológicos e afirmava que Douglas estava apto para sair do regime fechado, mas com monitoramento constante. Com a nova prisão cinco meses depois de começar a cumprir pena na Gameleira, a defesa exigiu a comprovação que o tratamento foi realizado.
“Requer a Vossa Excelência que seja informado a esse juízo, se o Estado proporcionou o tratamento psicológico adequado ao reeducando enquanto estava no regime semiaberto”, escreveu a defesa. No dia 7 de fevereiro, o juiz determinou que Douglas voltasse ao regime fechado por ter cometido novo crime.
Ainda assim, dois dias depois, uma audiência de justificação, onde o réu será ouvido sobre o caso, foi marcada e deve acontecer no dia 23 de maio, às 14h50. Desde a prisão, feira pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) em 2 de fevereiro, Douglas cumpre pena do Instituto Penal de Campo Grande.
O caso - Douglas é investigado por tentativa de estupro a uma menina de 15 anos. O caso aconteceu no dia 27 de janeiro no Jardim Noroeste.
Em entrevista ao Campo Grande News, a vítima contou que voltava para casa quando foi abordada e forçada a entrar no carro do suspeito. Armado como uma faca, o homem mandou a menina ficar com a cabeça baixa, mas ainda assim, ela conseguiu abrir a porta e pular do veículo em movimento. “Pensei que se eu não saísse dali eu ia morrer”.
Horas antes, segundo a investigação policial, Douglas tentou atacar outra mulher, de 24 anos, no Jardim Montevidéu.
Os primeiros crimes de Douglas ocorreram entre julho e agosto de 2007. Ele atacava as mulheres sempre com uma faca, as vendava e estuprava. Foram seis casos, além de roubo, que o levaram a condenação de 26 anos, 11 meses e 10 dias de prisão no regime fechado. Essa condenação começou com 50 anos de reclusão, mas foi reduzida graças a inúmeros recursos da defesa.