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Capital

Depois de ação em terminal, guardas enfrentam spray de pimenta em treinamento

No total, serão qualificados 103 servidores. A capacitação contou com agentes da Polícia Federal e da Guarda de Dourados

Viviane Oliveira | 29/11/2019 10:32
Guardas passam por treinamento com gás lacrimogêneo (Foto: reprodução/vídeo)
Guardas passam por treinamento com gás lacrimogêneo (Foto: reprodução/vídeo)

Depois da polêmica ação da Guarda Civil Metropolitana em protesto no Terminal Morenão, guardas da Capital receberam treinamento com armas não letais, como gás lacrimogêneo e spray de pimenta, recursos utilizados pelas forças de segurança para a dispersão de manifestações ou multidões. A capacitação, que contou com instrutores da Guarda Municipal de Dourados e da Polícia Federal, começou ontem (28). No total, serão qualificados 103 servidores.

A manifestação no terminal aconteceu no último dia 15 (feriado da Proclamação da República) depois do atraso de mais de uma hora do ônibus da linha 072 (Nova Bahia/Morenão). Os passageiros, a maioria diaristas, bloquearam a passagem dos veículos e foram dispersados por três guardas municipais que utilizaram spray de pimenta e apontaram armas não letais, de cano longo, calibre 12, munidas de bala de borracha. A ação foi considerada violenta. 

Ontem, numa área aberta, os guardas passaram por um novo treinamento e para não cometer excessos sentiram na pele os efeitos do gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Segundo o subinspetor da Guarda em Dourados, Porfírio Arguelho Ribeiro, um dos que ministrou o curso, é importante que o operador das armas não letais conheça os efeitos para que futuramente não cometa nenhum excesso. "Uma pouca quantidade já é suficiente para causar incapacitação, contenção, imobilização e condução do suspeito", disse. Assista, abaixo, ao vídeo do treinamento. 

O spray de pimenta atinge as terminações nervosas de forma imediata, o que provoca lacrimejamento e irritação. Também com efeito instantâneo, o gás lacrimogêneo tem consequência semelhantes às dos sprays. 

Segundo o coordenador de operações Valmir da Silva, o gás lacrimogêneo causa desconforto e serve para dispersar multidão ou quem esteja agredindo agentes de segurança. "Esse gás torna a pessoa incapacitada de ação. "Ele age no sistema respiratório e imediatamento a pessoa começa a dispersar, não causando nenhum tipo de ferimento", explicou.

Após o protesto no Terminal Morenão, o titular da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), Valério Azambuja, admitiu que houve “falha de procedimento” na ação dos três guardas municipais na contenção dos manifestantes. Os servidores que foram afastados das ruas integravam o GPI, unidade especial dentro da Guarda Municipal que começou a ser implantada em 2017.

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