Depois de matar mulher, namorado ainda tentou esganar a filha da vítima
O acusado pelo crime está foragido e foi identificado apenas pelo apelido de Biscoito. Policiais fazem buscas para encontrá-lo
Foi identificada como Érica Aguilar Pereira, 38 anos, a mulher encontrada morta em cima da cama, com as mãos amarradas e parte das roupas abaixadas. O acusado de ter cometido o crime foi identificado apenas pelo apelido de Biscoito. Após assassinar a mulher, o homem ainda tentou matar a filha da vítima esganada. Quando a polícia chegou no apartamento, encontrou a energia elétrica cortada, provavelmente pelo suspeito. Não havia sinais de luta no cômodo.
O crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (11), no Residencial Reinaldo Busaneli, no Ramez Tebet, na região do Jardim Campo Nobre, em Campo Grande. Os filhos de Érica de 15 e 5 anos estavam na residência. A adolescente foi quem acionou os vizinhos.
A garota contou à polícia que, sua mãe passava por problemas financeiros e ontem à noite enquanto ainda estava no trabalho ligou para o namorado, com quem havia reatado recentemente, pendido que o homem levasse ela e o irmão para lancharem. Os dois são filhos apenas de Érica. Após o lanche, o suspeito deixou a adolescente e o irmão dela no condomínio, disse que ia tomar banho e depois retornaria para a casa da namorada.
Depois de algumas horas, o homem retornou ao condomínio. A adolescente e o irmão foram dormir numa cama de beliche sem notar nada de diferente. Já de madrugada, a menina acordou com o homem apertando seu pescoço e o irmão dela se debatendo ao lado.
Um vizinho, que não quis se identificar, contou que a briga começou por volta das 23h. “Às 2h50, a filha dela saiu desesperada tocando a campainha dos apartamentos gritando que a mãe estava morta. Ela contou que acordou com o suspeito tentando a estrangular, foi quando viu a mãe em cima da cama com as mãos amarradas e o lençol cheio de sangue”. Assista, abaixo, ao vídeo com o depoimento do vizinho.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). O caso é investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A polícia faz buscas pelo suspeito. De janeiro até agora, já foram contabilizados 18 feminicídios em Mato Grosso do Sul, conforme estatística da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).