Depois do "mar" de gente, o que sobra é um "oceano" de sujeira na Afonso Pena
Enquanto o final de semana foi de "fervo" nos altos da Avenida Afonso Pena, a manhã de segunda-feira foi de limpeza. O "mar" de gente flagrado na madrugada de sábado e também na tarde de domingo, deu lugar a um "oceano" de sujeira. As cenas do antes e depois mostram não só o quanto a população não se importa com a transmissão do coronavírus como não está nada preocupada com o lixo que produz e deixa ao sair.
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No chão, garrafas de vidro de cerveja, vodka se juntam aos energéticos e sacolas plásticas. Quem caminha diariamente na região, próximo ao estacionamento do Aquário do Pantanal, fala que a sujeira de hoje é assustadoramente maior.
"Está fora do normal", diz a assistente social Regina Serra, que caminhava com a amiga Eliza Braga, aposentada. "Como a maioria vem de carro, não custa trazer sua sacolinha e colocar o lixo no porta-malas, ou jogar na lixeira mais próxima", completa Eliza. "Falta educação, já que querem vir se divertir, que limpe o espaço para sempre poder usar", fala a dupla.
Chefe de equipe da Solurb, Herbert Dutra explica que são 14 trabalhadores coletando o lixo que obedece a programação de limpeza toda segunda e sexta. "Sempre tiramos muitas folhas, foi a primeira vez que a gente encontrou tanta sujeira. Só nessa área vai dar uns 50 sacos de 100 litros", calcula.
Na madrugada de sábado, o "mar de gente" só dispersou com a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar. O público estava em peso sem máscara, em frente ao Parque das Nações Indígenas, ao som de funk. Motocicletas também passavam fazendo manobras consideradas arriscadas. Um dia depois de dispersão do Choque, o domingo foi de movimento, menor, mas também houve registro de aglomeração.