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Capital

Em unidades de saúde, dentistas não conseguem fazer nem remoção de cárie

Sindicato será atendido pela Sesau nesta sexta-feira (7) e pedem solução para falta de equipamentos

Por Kamila Alcântara | 07/02/2025 06:25
Em unidades de saúde, dentistas não conseguem fazer nem remoção de cárie
Dentista atende criança em sala odontológica de unidade de saúde em Campo Grande (Foto: Sesau/Divulgação)

Cirurgias, tratamento de canal, restaurações, remoção de cáries, profilaxias, raspagens e outros tratamentos mais invasivos não estão sendo feitos em 11 unidades de saúde da Capital. A situação alarmante levou o Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) a cobrar providências da Prefeitura de Campo Grande, por meio Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta sexta-feira (7).

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Onze unidades de saúde de Campo Grande estão impossibilitadas de realizar procedimentos odontológicos básicos devido a problemas com equipamentos. O Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) denunciou que a falta de manutenção e falhas nos compressores impedem a realização de 90% dos procedimentos, incluindo remoção de cáries, cirurgias e tratamentos de canal. Entre as unidades afetadas estão o CRS Aero Rancho, USF Parque do Sol e CEO Guanandi. Os dentistas só conseguem realizar procedimentos emergenciais básicos, como medicações e orientações. A situação tem sobrecarregado os plantões de urgência, já que pacientes com dores não conseguem tratamento adequado. A Sesau informou que está tomando medidas emergenciais e encaminhando pacientes para outras unidades. Uma reunião entre o sindicato e a Coordenadoria da Rede de Assistência Odontológica está marcada para discutir o problema.

Segundo o Sioms, há relatos de inúmeros problemas denunciados pelos profissionais da odontologia, entre eles a falta de equipamentos e a ausência de manutenção adequada. Um dos principais problemas ocorre com os compressores, cuja falta de funcionamento inviabiliza mais de 90% dos procedimentos odontológicos.

De acordo com o presidente do sindicato, David Chadid, a situação persiste há meses e tem comprometido o atendimento. "Temos situações de cadeiras odontológicas antigas e com defeito, ausência de autoclaves, tendo que ser feita a esterilização em outras unidades. Entretanto, os atuais ofícios focam no problema dos compressores devido à urgência de conserto dos mesmo, pois sem funcionamento do compressor não funciona a seringa tríplice da cadeira, o sugador também deixa de funcionar e principalmente o motor de alta e baixa rotação. Fica inviável os atendimentos cirúrgicos, procedimentos invasivos como remoção de cáries, realizar restaurações, entre outros procedimentos", detalha.

Algumas curetagens emergenciais e curativos estão sendo feitas, mas ele alega que não é com a mesma resolutividade. Além disso, a situação tem sobrecarregado os plantões de urgência, com pacientes relatando dores, já que as lesões de cárie, se não tratadas a tempo, podem desenvolver para tratamento de canal.

"Cada unidade tem sua fila e não sabemos quantificar como está a agenda. Somente temos noção da sobrecarga que tem ocorrido nos plantões de urgência e emergência no momento. Não conseguimos levantamento do quanto está o atraso na fila de atendimento", destaca David.

Dentre as unidades citadas estão: CRS Aero Rancho, USF Parque do Sol, USF José Tavares, USF Estrela Dalva, USF Carlota, CEO Guanandi, USF Macaúbas, CF Nova Lima, USF 26 de Agosto, CEO Santa Emília e USF Caiçara. Nelas, os profissionais só conseguem medicar emergencialmente, realizar curetagem, orientar e, no máximo, remover sutura e realizar encaminhamentos, além de ensino de técnica de escovação

Até que a situação seja resolvida, os servidores fazem a esterilização em autoclaves de outras unidades de saúde, mas acabam atrasando o processo. Ao Campo Grande News, a Sesau confirmou que, em casos de encaminhamento, pacientes estão sendo devidamente referenciados para outras unidades de saúde próximas ao território, de forma a garantir a assistência sem prejuízo ao atendimento.

"A secretaria garante que está adotando todas as medidas emergenciais necessárias para reduzir os impactos assistenciais e reforça seu compromisso com a saúde pública e a qualidade no atendimento à população, destacando que todos os esforços estão sendo feitos para atender às necessidades de todos os cidadãos de forma eficaz e ágil", esclarece a pasta em nota.

Por fim, o presidente do sindicato confirmou que deve se reunir com o CRAO (Coordenadoria da Rede de Assistência Odontológica), às 10h desta sexta-feira, na sede da Sesau.

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