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Capital

Desempregados há quase 1 ano, guardas civis se manifestam por convocação

São 173 aqueles que concluíram o curso de formação e esperam ser chamados

Cassia Modena e Caroline Maldonado | 27/06/2023 11:02
Mais de 40 pessoas protestaram na Câmara Municipal de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)
Mais de 40 pessoas protestaram na Câmara Municipal de Campo Grande (Foto: Marcos Maluf)

Das rendas de trabalhos informais estão vivendo a maioria dos 173 aprovados no último concurso público para a GCM (Guarda Civil Metropolitana) de Campo Grande, que deixaram seus empregos para fazer o curso de formação iniciado em julho do ano passado.

Na manhã desta terça-feira (27), quase 1 ano após, mais de 40 dos aprovados cobraram que os vereadores pressionem a prefeita Adriane Lopes (PP) a publicar o chamamento para o quadro da força municipal de segurança, convocando quem está à espera.

Valéria Diniz, 37, foi aprovada nesse último concurso, que ocorreu em 2020. Ela pediu demissão do emprego para fazer o curso e hoje se mantém fazendo diversos trabalhos como freelancer. "Foi muito bom, fomos bem preparados, mas até agora não fomos chamados. A maioria espera desempregado", afirma.

A aprovada estudou aproximadamente um ano para se sair bem na prova, feita por cerca de 9 mil candidatos no total. "É um sonho que eu e todos aqui queremos realizar", finaliza.

Gradativamente - O curso de formação terminou em 31 de novembro de 2022. Até lá, os aprovados ao menos puderam contar com uma bolsa-auxílio de R$ 800.

Fora os 173 aprovados, os demais formados foram chamados. Walantini Garcia, 32, ainda não. Atualmente, ele faz freelance como vigilante. "Eu era contratado por uma empresa e tinha uma renda formal. Dormia sossegado porque sabia que tinha como sustentar minha família", fala.

Walantini faz freelance de vigilante enquanto aguarda (Foto: Caroline Maldonado)
Walantini faz freelance de vigilante enquanto aguarda (Foto: Caroline Maldonado)

Ele cobra a promessa de que todos serão chamados gradativamente. Não é a primeira vez que o aprovado participa de manifestação pela convocação. "Pedimos à população que nos apoiem e aos vereadores que contribuam de forma mais efetiva para o nosso chamamento", afirma.

Walantini argumenta, ainda, que restam vagas no quadro da GCM e que é possível chamar os 178 agentes. Segundo ele, são 711 postos ainda disponíveis, até o limite definido por lei municipal.

Questionada sobre qual o atual efetivo da GCM em Campo Grande, a prefeitura informou ser de 1.192 integrantes. Informou também que já foram convocados 198 guardas aprovados no concurso e esclareceu que as novas convocações vão ocorrer conforme a lei, mas de acordo com a necessidade do Município.

Promessa - Remanescente do concurso, Thiago Oliveira alimenta a esperança de ser chamado para um novo curso de convocação até o vencimento do concurso, mesmo não tendo entrado na lista de aprovados. A prefeitura chamou 348 classificados, enquanto ele ficou na 359ª colocação.

Para isso, ele cobra cumprimento da promessa do ex-titular de Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), Valério Azambuja, que pediu exoneração do cargo dezembro de 2022.

Thiago lembra que ex-secretário prometeu chamar remanescentes (Foto: Caroline Maldonado)
Thiago lembra que ex-secretário prometeu chamar remanescentes (Foto: Caroline Maldonado)

"O secretário tinha prometido que ia chamar mais do que os que tinham sido classificados para suprir déficit da GCM. Os remanescentes estão na expectativa. Agora, corremos o risco de o próximo secretário não nos chamar, fazer um novo concurso e isso virar 'um trem eleitoreiro que nunca acaba'", afirmou Thiago.

Ofício - O presidente da Câmara Municipal, Augusto Borges, o "Carlão" (SPB), garantiu aos manifestantes que ele e os demais vereadores estão elaborando ofício para enviar à prefeita Adriane Lopes. "Fomos procurados antes pelos aprovados para tratar dessa questão", confirmou.

O ofício vai coletar assinaturas dos parlamentares e passará, antes, pela avaliação da Comissão Permanente de Segurança Pública, presidida pelo vereador Alírio Villasanti, o "Coronel Villasanti" (UB), antes do envio à chefe do Executivo.

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