Do lado “verde” da marcha, manifestantes protestam por legalização da maconha
“Legaliza já”. Esse era o principal grito de protesto de alguns manifestantes que caminhavam do lado “verde” da marcha durante a manifestação que ocorreu nesta quinta-feira (20), em Campo Grande, e tomou a principal avenida da cidade, a Afonso Pena.
Na concentração que foi realizada na Praça do Rádio, no Centro da Capital, era possível observar grupos espalhados que fumavam maconha, sendo que a maioria dos integrantes usavam mascaras ou panos para tapar os rostos. O cheiro forte do entorpecente chegou a incomodar os manifestantes, principalmente aos que são contra a legalização da droga.
Antes mesmo de a passeata tomar as ruas de Campo Grande, muitos integrantes destes grupos estavam com os olhos vermelhos, a fala mansa e o andar devagar, além de muitos deles também estarem visivelmente sob o efeito de bebidas alcoólicas. Vários foram vistos com garrafas de cerveja e vodca.
Em meio a cartazes com protestos pedindo por melhorias na saúde e na educação, dizeres contra a corrupção e aos desvios de verbas públicas, grupos a favor do “cachimbo da paz” erguiam seus protestos reivindicando a legalização da maconha. O tapume do Branco do Brasil, colocado para proteger a agência de vandalismo, foi pichado com pedido de legalização da maconha.
“Ei, polícia, maconha é uma delícia”, “Saúde, maconha e educação”, “Isso é uma vergonha, o gás está mais caro do que a maconha”, também eram alguns gritos de guerra que os adeptos à droga cantarolavam.
A manifestação em Campo Grande, que foi pacífica até por volta das 22h, acabou em quebra-quebra e vandalismo. Um pequeno grupo de gangues pichou ônibus, teve tiros e briga. Quatro pessoas foram detidas pela Polícia Militar.
O protesto na Capital reuniu aproximadamente 30 mil manifestantes, segundo estimativa da PM.