Do popular ao ovo granfino, Páscoa não decepcionou, dizem comerciantes
Estoques quase zerados mostram que vendas não foram afetadas por restrições impostas pelo novo coronavírus
Nem as restrições impostas pelo novo coronavírus derrubam o ânimo do consumidor em comprar o ovo de chocolate nesta Páscoa, em Campo Grande. Do comércio popular ao mais sofisticado, o estoque já está quase no fim, vendido na forma presencial ou delivery, agradando a todos os bolsos e paladares.
Na Kopenhagen, na Rua Euclides da Cunha, o estoque deve acabar ainda hoje, segundo a proprietária, Juliana Tonsic. Este ano, como as pessoas não vão poder viajar no feriado, muitas acabaram comprando os ovos em Campo Grande, o que contribuiu para o resultado, que registra acréscimo ano a ano. Além disso, para atrair a clientela, a franquia ofereceu desconto de 30% nos produtos da Páscoa e fazendo delivery. O prédio médio vai de R$ 80 a R$ 90.
A psicóloga do trabalho Vanessa Freitas, 40 anos, disse que este ano vai presentear aqueles que a ajudaram este ano, listando prioridades. “Não será para um simples amiguinho, mas para quem esta contigo sempre, que está na guerra com você”, disse. Por causa disso, o valor gasto caiu de R$ 900, desembolsados em 2019, para os atuais R$ 400.
Na Cacau Show, o auxiliar da gerência, Geovane Martins, 34 anos, disse que as restrições de atendimento presencial – é permitida a entrada de um cliente por vez – não afetaram as vendas, que também estão sendo feita por entrega. A loja tem oferecido descontos em vários produtos da linha de Páscoa, agora, com 50% de desconto na compra do segundo ovo de uma dessas linhas. Vários já se esgotaram. “E não vai demorar para que outros acabem”. A loja vende ovos de chocolate de R$ 9,90 a R$ 279, o último, de dois quilos, já esgotado.
Mesmo nas lojas não especializadas, a procura por chocolate é grande e atende quem precisa gastar menos ainda para presentear a família. Na saída das Lojas Americanas, no centro da cidade, vários clientes saíram com ovos de caixas de bombons. O gerente de produção, José Fernandes, 42 anos, foi um dos compradores. Usando máscara para se proteger de possível aglomeração, saiu levando dois ovos, gasto de R$ 150. “A data pede”, disse.
A empresária Márcia Jaqueline Gimenes, 38 anos, compra todos os anos, mas, somente para o filho, tradição mantida este ano. “Não vou deixar de comprar”, diz, mostrando o ovo de cerca de R$ 50 que será dado ao menino.
Eliane Mendes, 38 anos, também tinha compra direcionada para o filho de 5 anos e gastou R$ 55 no ovo de chocolate e em caixa de bombom. “Eu só compro para ele mesmo e para não passar a data em branco”.
