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Capital

Dono diz que alvará estava em dia e fala em recomeço

Empresário diz que se "raio não cai no mesmo lugar, cai na mesma empresa", lembrando do incidente com outra loja da rede em 2007

Helton Verão | 06/12/2012 18:15
Empresário diz estar regularizado com documentação (Foto: Rodrigo Pazinato)
Empresário diz estar regularizado com documentação (Foto: Rodrigo Pazinato)
Loja ficou totalmente destruída (Foto: Helton Verão)
Loja ficou totalmente destruída (Foto: Helton Verão)

O dono da rede de lojas Paulistão, que teve uma de suas filiais destruídas pelo fogo hoje (6), diz que tem seguro e também o certificado anual de vistoria do Corpo de Bombeiros. Gilberto Lopes Cardoso, de 64 anos, contraria a declaração dos bombeiros de que o estabelecimento estava sem a documentação.

O empresário estava muito abalado diante do estrago do que restou de sua loja na avenida Costa e Silva. “Se o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, cai na mesma empresa”, lamenta lembrando do incidente ocorrido com outra loja da rede em 2007, na rua Rui Barbosa.

Sobre o alvará dos bombeiros, Gilberto explica que sem este documento não é possível contratar o seguro. “Estou tranquilo, depois do incêndio em 2007, contratei seguro para todas as minhas lojas. Fazem dois meses que o renovei. Foi uma fatalidade”.

A rede de lojas do Paulistão tem 39 anos de existência, a filial da Costa e Silva existe há 10 anos, com 31 funcionários. Com a tragédia, por enquanto eles serão encaminhados as outras unidades da rede. “Queremos apenas trabalhar, oferecer emprego e pagar impostos”, finaliza com bom humor o empresário Cardoso.

O incêndio começou por volta das 7h e foram necessárias 3 horas para que fosse controlado. A fumaça ficou tão alta que foi vista do outro lado da cidade, vizinhos tiveram de deixar os imóveis, 300 clientes da Enersul ficaram sem energia e o trânsito ficou tumultuado. O terminal de ônibus localizado próximo a loja chegou a ficar interditado.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o único documento relacionado à segurança que a loja tem é um certificado de Projeto de Prevenção a Incêndio e Pânico.

A Defesa Civil convocou engenheiros para avaliar a situação do prédio, que ficou destruído pelo fogo. A estrutura abrigava estoque de materiais plásticos, de papel e madeira, que são inflamáveis. O telhado desabou e as paredes ficaram com rachaduras.

Ainda conforme o tenente, no total foram usados 200 mil litros de água para combater totalmente as chamas. Durante a tarde, o foi feito o serviço rescaldo, para verificar se o fogo foi contido em todas as partes. “A expectativa é que gaste mais 200 mil com o trabalho de rescaldo e de resfriamento do que pegou fogo”, explica.

Trânsito deve ficar impedido até a noite (Foto: Helton Verão
Trânsito deve ficar impedido até a noite (Foto: Helton Verão

Por medida de segurança e para facilitar o trabalho dos bombeiros, a avenida Costa e Silva continua interditada no sentido Morenão/Atacadão. Agentes da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) estão no local orientando os motoristas. A energia também está suspensa no quadrilátero do estabelecimento.

Transtorno - Toda a região ficou tomada por uma fumaça acinzentada que atrapalhava a visibilidade dos motoristas e causava incomodo nas pessoas. Dificuldade para respirar e olhos ardendo eram alguns dos sintomas causados pelas labaredas.

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