Figueiras doentes ou removidas criam janelas no verde da Avenida Mato Grosso
Localizada em frente a uma escola particular, uma delas aparenta estar com os dias contados
A fila de figueiras centenárias plantadas na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande, não é mais a mesma. Ainda que irremediáveis, remoções e podas nas árvores estão criando janelas no paredão verde que elas formam.
RESUMO
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Figueiras centenárias na Avenida Mato Grosso, em Campo Grande, estão morrendo ou sendo removidas, criando lacunas em seu alinhamento. Moradores relatam a morte de algumas árvores, apesar de intervenções da prefeitura, e observam o estado crítico de outras, com galhos secos e troncos danificados. A preocupação com a segurança pública é levantada, devido ao risco de queda de galhos dessas árvores de grande porte, e a prefeitura ainda não se manifestou sobre o tratamento ou remoção das figueiras afetadas.
Os olhos da cozinheira Hilda de Souza Lima, 52, estão acostumados à majestosa presença da espécie entre prédios, carros e pessoas que circulam na região. Mas ela não deixa de notar quando galhos são cortados ou quando alguma aparenta estar doente.
“Tem uma que estava bem bonita no ano passado. Eles [funcionários da prefeitura] até vieram e colocaram soro, mas, depois disso, ela começou a morrer, não resistiu. Outras duas já tinham morrido e foram cortadas na mesma quadra", conta.
A cozinheira se refere às figueiras que sombreavam a Avenida Mato Grosso, entre as Ruas 13 de Maio e 14 de Julho. Farão falta, ainda mais em tempos de muito calor e com mudanças climáticas se concretizando.
Na mesma quadra, a reportagem viu que árvore plantada em frente a uma escola particular pode estar com os dias contados. Seus galhos foram podados, os ramos estão secos e o tronco está lascado e ressecado.
Bem na esquina da Avenida Mato Grosso com a Rua 14 de Julho, outra figueira aparenta ter perdido a vitalidade. Sequer tem folhas.
Riscos - As espécies são enormes e, caso aconteçam, quedas podem causar danos a veículos, estabelecimentos e pessoas que estiverem embaixo.
O manobrista Junior Garcia, 55, trabalha nas proximidades há três anos e diz já ter removido, por conta própria, alguns galhos secos. "Um motoqueiro que estiver em alta velocidade pode se acidentar", cita um exemplo do que pode acontecer.
Igual a Hilda, ele também acompanhou equipe da prefeitura tratando as árvores no fim do ano passado.
A poda ou a remoção são medidas de segurança, como também ajudam o estacionamento, onde Junior trabalha, a não perder clientes com medo de saírem no prejuízo com veículos.
Serão tratadas ou cortadas? - O Campo Grande News questionou a assessoria de imprensa da prefeitura da Capital sobre a avaliação das figueiras da Avenida Mato Grosso e perguntou qual a programação de tratamento e retirada deste começo de ano. Não houve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Qualquer cidadão pode solicitar avaliação ou indicar necessidade de poda, remoção ou recolhimento de árvores pelo número 156, ou pelo aplicativo Fala CG.
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