Dupla ficou 8h escondida em pneus para furtar R$ 197 mil de hipermercado

Os criminosos que invadiram o Hipermercado Extra, que fica na Rua Maracaju, no Centro de Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira (20), ficaram cerca de oito horas escondidos em pneus, para conseguir furtar R$ 197,6 mil em mercadorias.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Reginaldo Salomão, da Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos), imagens de câmeras de segurança do estabelecimento mostraram que a dupla de criminosos se escondeu em meio a pneus da loja por volta das 16h.

Os dois esperaram até pouco depois da meia-noite, quando o estabelecimento fechou, para sair do esconderijo e praticar o crime.

Quando saíram, os bandidos pegaram dois carrinhos do hipermercado e dois lençóis e foram em direção ao depósito de eletrônicos da loja, que fica numa sala chamada de ‘área restrita’.

Lá, os dois quebraram o cadeado da porta e usaram os lençóis para fazer duas grandes 'trouxas' de produtos, que eles colocaram em cima dos carrinhos, para se dirigem a porta do hipermercado. Quando os bandidos já estavam saindo, um guarda viu a movimentação dos bandidos e acionou a polícia.

Quando a equipe policial se aproximou do hipermercado, o condutor do automóvel acelerou e saiu em alta velocidade. A Polícia Militar ainda disparou dois tiros nos pneus dianteiros, mas o motorista desviou e seguiu ao sentido Avenida Mato Grosso. Houve perseguição, porém os bandidos conseguiram fugir.

"Com certeza eles tinham as informações sobre o funcionamento do depósito, pois levaram o mínimo necessário para o arrombamento, então alguma informação eles devem ter obtido por ex-funcionários ou mesmo pesquisando sobre a empresa", explicou o delegado.

Segundo o delegado, 99% dos produtos furtados são celulares. A polícia já tem suspeitos, inclusive, há informações de que a quadrilha seja de outro estado, mas isto ainda está sendo apurado. "Para o bandidos, o furto acaba compensando muito mais, já que não o agravante do uso da violência, como no roubo, por isso, caso sejam presos, eles podem até responder ao crime em liberdade", disse.

As imagens das câmeras de segurança não foram divulgadas, segundo a polícia, para não atrapalhar as investigações.