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Capital

“É muita dor”, diz mulher que aguarda retirada de bebê morto há 3 dias

Natália diz que não aguenta mais tanto sofrimento e pede que seja feita cesárea para retirada do feto

Viviane Oliveira | 07/01/2022 09:32
Desesperada, Natália fez um vídeo do hospital e encaminhou para a redação. (Foto: Reprodução / vídeo) 
Desesperada, Natália fez um vídeo do hospital e encaminhou para a redação. (Foto: Reprodução / vídeo)

"É muita dor, é muito sofrimento”, disse a confeiteira Natália Borges do Prado, 33 anos, que há 3 dias, aguarda no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) Rosa Pedrossian, em Campo Grande, a retirada do bebê que morreu na sua barriga.

Segundo a gestante, a equipe médica faz procedimento de indução com medicamento para retirar o feto de forma natural, sem cirurgia, mas seu organismo não responde. “É meu direito, porque não fazem uma cesárea”, lamentou.

Com gravidez de risco, Natália foi fazer exame de rotina na última quarta-feira (dia 12) e, ao passar pelo médico, foi informada de que o bebê havia morrido. Ela estava gestante de 23 semanas, ou seja, seis meses. “O coração dele não estava batendo mais. Aí, já correram para me internar”.

Desde então, Natália passou por 4 procedimentos, com intervalos de 6 horas entre um e outro, para expulsão do feto de forma natural. A última indução foi feita ontem (6), por volta das 13 h. “Sinto muita dor, porque é como se fosse um parto, eles vêm toda hora e fazem o exame do toque. Já pedi para a médica fazer cesárea, mas ela disse que vai tentar fazer o procedimento novamente hoje ao meio-dia”, contou.

Vinda de Mineiros, no estado de Goiás, Natália está morando há pouco mais de 1 mês em Campo Grande. “Meu marido veio trabalhar aqui. A gente tem uma filha de 4 anos que está sentindo muito a minha falta. Quero sair logo daqui. Além da dor de ter perdido um filho, ainda tem a dor física”, contou.

Em nota, o hospital informou que não repassa informações pontuais de pacientes à imprensa, pois há que se respeitar o sigilo entre médico e paciente. "Vale ressaltar que é atribuição do médico definir a melhor conduta para cada caso individualmente. Quaisquer informações adicionais, a família ou a paciente deve procurar a ouvidoria do Hospital Regional para que possamos respondê-los de forma oficial".

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